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Hamas executa alegados colaboradores de Israel e faz detenções em Gaza

Pelo menos sete alegados colaboradores com Israel foram hoje executados pelo grupo islamita palestiniano Hamas na Cidade de Gaza e outros suspeitos e membros de fações rivais foram presos no território.

Hamas executa alegados colaboradores de Israel e faz detenções em Gaza

© Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

Lusa
13/10/2025 20:48 ‧ há 3 horas por Lusa

Os sete alegados colaboradores foram fuzilados entre uma multidão que gritava palavras de ordem de apoio à resistência armada, descreveu a agência de notícias Europa Press, a partir de vídeos publicados nas redes sociais e divulgados por meios de comunicação social palestinianos.

 

O Hamas confirmou as detenções de "um grande número de colaboradores" e membros de milícias rivais que surgiram durante a ofensiva militar israelita, agora interrompida ao fim de mais de dois anos, no enclave palestiniano.

O grupo islamita disse que as unidades de dissuasão, que fazem parte das forças de segurança do governo da Faixa de Gaza, lançaram várias operações que levaram à detenção de indivíduos armados, acusados ??de matar deslocados e atacar civis, além de assumirem posições de apoio às milícias rivais.

"Qualquer pessoa que seja apanhada a colaborar com o inimigo ou a cometer crimes será encaminhada para as autoridades judiciais para as medidas legais necessárias", afirmou o Hamas, acrescentando: "Atacaremos com mão de ferro qualquer pessoa que perturbe a segurança".

A agência de notícias France-Presse (AFP) relatou que várias pessoas foram mortas no fim de semana na Cidade de Gaza em confrontos armados entre as forças do Hamas e membros do clã Doghmoush, um importante grupo palestiniano do enclave.

Após vários dias de confrontos, voltaram a ocorrer "trocas de tiros" na noite de domingo no bairro de Sabra, dois dias após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, disseram à AFP testemunhas sob anonimato, manifestando receio pela sua segurança.

"Cerca de 200 membros das forças de segurança [do Hamas] estavam presentes e lutaram até subjugar completamente" os adversários, descreveu um habitante local.

A mesma fonte contou que "houve mortos e feridos entre membros do clã [Doghmoush], mas também mártires entre as forças de segurança, e feridos".

Acusando o clã Doghmoush de ser "cúmplice da ocupação", ou seja, Israel, e de vários assassínios, fonte do Ministério do Interior do território, controlado pelo Hamas, indicou que cerca de 60 membros foram presos.

O clã negou qualquer colaboração com Israel e admitiu, em comunicado, que alguns membros tiveram uma "má conduta", sem adiantar mais pormenores, mas acusou também os serviços de segurança do Hamas de atacarem indiscriminadamente.

Nos últimos dias, "bastava ser membro do clã Doghmoush para ser atingido nas pernas, morto, preso ou ter a casa incendiada", condenou Abu al-Hassan Doghmoush, um líder do clã, na rede social Facebook.

Quando o Hamas assumiu o controlo da Faixa de Gaza em 2007, usou a força para se opor a clãs proeminentes, incluindo o Doghmoush, e fações políticas rivais.

No domingo, o Ministério do Interior de Gaza anunciou estar a abrir um "período de amnistia geral" para "membros de gangues criminosos" que não cometeram assassínios durante a guerra.

Há cerca de três semanas, homens armados do Hamas já tinham conduzido uma execução pública na Cidade de Gaza de três alegados colaboradores de Israel.

O entendimento entre Israel e o Hamas foi impulsionado pelos Estados Unidos e negociado ao longo de vários dias em Sharm el-Sheikh com a mediação de delegações do Egito, do Qatar e da Turquia.

Nesta fase, foi acordado o cessar-fogo, a retirada gradual das forças israelitas, a entrada em massa de ajuda humanitária no enclave palestiniano e a troca de reféns por prisioneiros.

Ao todo, 1.968 prisioneiros foram libertados ao abrigo do acordo, incluindo muitos condenados por ataques mortais contra Israel, bem como 1.700 palestinianos presos por alegadas "razões de segurança", desde o início da guerra, em outubro de 2023.

Em troca, o Hamas devolveu em duas vagas 20 reféns vivos mantidos em cativeiro no enclave palestiniano há quase dois anos, mas indicou que apenas ia entregar hoje quatro corpos dos 28 que se presumem mortos.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Reino Unido organiza conferência para reconstrução de Gaza

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