A proposta de Petro surgiu após a assinatura entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas de um acordo de cessar-fogo que resultou na libertação dos últimos reféns vivos ainda em cativeiro no enclave palestiniano, entre os quais um cidadão colombiano.
O chefe de Estado colombiano alertou para o estado de destruição em que se encontra o enclave palestiniano, após mais de dois anos de guerra israelita, e, sobre a reconstrução, confirmou que a Sociedade de Ativos Especiais (SAE) colombiana utilizará parte do ouro apreendido aos traficantes de drogas para cuidados médicos a crianças feridas.
Reiterou também o apelo para a adoção da solução de dois Estados entre israelitas e palestinianos e para a responsabilização pelos abusos israelitas cometidos desde o ataque do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, no qual morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.
"As 20.000 crianças mortas em Gaza são um crime contra a humanidade e o criminoso deve ser levado à justiça, caso contrário a humanidade entrará na barbárie", sustentou Gustavo Petro, referindo-se ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Emitiu também um apelo para que "se respeite a Justiça de cada país", depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter pedido, no parlamento israelita, um indulto para o aliado Netanyahu.
Israel e o Hamas anunciaram na noite de 08 de outubro um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, a primeira fase de um plano de paz proposto por Trump, na sequência de negociações indiretas mediadas pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e a Faixa de Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.968 presos palestinianos.
O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas a Israel, cuja retaliação fez mais de 67.000 mortos -- entre os quais mais de 20.000 crianças - e de 170.000 feridos, na maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde local, tutelado pelo Hamas, considerados pela ONU fidedignos.
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