"Esta partida para os Estados Unidos ocorre após um pedido formal do governo daquele país e com a anuência expressa de Ferrer", afirmou o Ministério num comunicado, sem indicar em que data o dissidente deixou a ilha.
A 04 de outubro, Ferrer afirmou ter concordado em exilar-se e denunciou ter sido vítima de "espancamentos, torturas, humilhações e ameaças" na prisão.
Ferrer, de 55 anos, saiu do país acompanhado por familiares rumo aos Estados Unidos.
No início deste mês, fontes próximas de Ferrer confirmaram à agência de notícias espanhola EFE que este estava disposto a partir para o exílio, mas sem que o Executivo cubano utilizasse a saída numa negociação mais ampla com os Estados Unidos, considerada "vergonhosa".
Desconhece-se se houve contrapartidas.
O líder opositor, um dos 75 presos políticos da "Primavera Negra" de 2003, passou mais de metade dos últimos 20 anos na prisão em Cuba e é considerado "prisioneiro de consciência" pela organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI).
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