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Autoridades moçambicanas alertam para "chuvas intensas e ciclones"

A presidente do instituto moçambicano de gestão de desastres alertou hoje para "chuvas intensas, inundações e ciclones" em diversas regiões de Moçambique durante a época chuvosa em curso, assinalando a importância de ações preventivas.

Autoridades moçambicanas alertam para "chuvas intensas e ciclones"

© Lusa

Lusa
13/10/2025 17:29 ‧ há 4 horas por Lusa

"A resiliência climática requer ação de cada um todos os dias (...). Financiar a resiliência, não os desastres, é investir no futuro das nossas comunidades", disse Luísa Meque, presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), citada numa nota divulgada na página da rede social Facebook daquela instituição.

 

Durante a cerimónia que assinala, hoje, o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres, Luísa Meque alertou para "riscos climáticos iminentes" durante a época chuvosa em Moçambique, que se iniciou este mês e decorre até abril.

A presidente do INGD "alertou ainda para os riscos climáticos iminentes, incluindo chuvas intensas, inundações e ciclones, que poderão afetar diversas regiões do país nos próximos meses", refere-se na nota.

A responsável, que falava na provincia moçambicana de Gaza, no sul do país, destacou ainda a importância da mobilização de recursos para ações preventivas, referindo que o Governo, junto de parceiros, "está a finalizar o Plano Anual de Contingência, instrumento essencial para a resposta multissetorial a emergências".

"A dirigente sublinhou a necessidade de envolver todos os setores da sociedade, com destaque para os jovens e estudantes, na construção de uma cultura de prevenção e preparação para desastres", lê-se na mesma nota, que refere também que Luísa Meque reforçou apelos para uma "ação conjunta e contínua".

Em 12 de setembro, as autoridades moçambicanas alertaram para cheias de "grande magnitude" no país e inundações em pelo menos quatro milhões de hectares agrícolas durante a época chuvosa 2025-2026.

"Nesse segundo período [da época chuvosa], que é janeiro, fevereiro e março, nós achamos que vamos ter chuvas, vamos ter cheias de grande magnitude, classificamos de um regime alto, sobretudo na bacia do Incomáti, Maputo e Limpopo", disse Agostinho Vilankulos, diretor nacional de Gestão de Recursos Hídricos, à margem do Fórum Nacional de Antevisão Climática para a época chuvosa 2025/2026, em Maputo.

Hoje, o Governo moçambicano apontou a necessidade de melhorar a resiliência dos mais vulneráveis e de desenvolver sistemas adequados face às alterações climáticas, referindo que 800 mil famílias nesta situação recebem apoios sociais.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre anualmente entre outubro e abril.

Só entre dezembro e março, na última época ciclónica, aquele país africano foi atingido por três ciclones, incluindo o Chido, o primeiro e mais grave, no final de 2024.

O número de ciclones que atingem o país "vem aumentando na última década", assim como a intensidade dos ventos, alerta-se no relatório do Estado do Clima em Moçambique 2024, do Instituto de Meteorologia de Moçambique, divulgado em março.

Os fenómenos meteorológicos extremos provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique, entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

Leia Também: Mais de 12 mil moçambicanos desempregados nos protestos sem indemnização

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