"As Brigadas al-Qassam entregarão os corpos dos prisioneiros sionistas hoje", afirmou o grupo armado, o que significa que permanecerão 24 por devolver.
Os reféns a ser entregues através da Cruz Vermelha são Guy Illouz, Yossi Sharabi, Bipin Joshi e Daniel Peretz.
O Exército israelita indicou na tarde de hoje que a Cruz Vermelha estava a caminho para recuperar os restos mortais destes reféns.
"De acordo com as informações recebidas, a Cruz Vermelha está atualmente a viajar para o ponto de encontro no sul da Faixa de Gaza, onde serão entregues vários caixões de reféns falecidos", afirmou o Exército em comunicado.
Em reação ao anúncio de que apenas quatro corpos serão devolvidos hoje, o Fórum das Famílias dos Reféns manifestou "choque e consternação".
As famílias lamentaram uma "violação flagrante do acordo por parte do Hamas" e exigiram que tanto o Governo israelita como os mediadores tomem "medidas imediatas para corrigir esta grave injustiça".
O Hamas entregou hoje à Cruz Vermelha, em duas vagas, os 20 reféns vivos que estavam em cativeiro na Faixa de Gaza há mais de dois anos.
Nesta fase, o Hamas deverá devolver também os corpos dos 28 reféns mortos, embora alguns deles estejam dados como desaparecidos.
Segundo o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, um comité internacional ajudará o grupo islamita a encontrar estes reféns.
No âmbito da troca, Israel deverá libertar 1.968 prisioneiros palestinianos, dos quais 154 serão deportados para fora do país, de acordo com as principais associações que representam os presos, tanto do Hamas como da Autoridade Nacional Palestiniana.
A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos foi acordada na semana passada durante negociações que decorreram no Egito, com a mediação dos Estados Unidos, Turquia, Qatar e Arábia Saudita.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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