"Acolhemos a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, que declarou o fim da guerra de Israel na Faixa de Gaza", disse o porta-voz daquele grupo extremista, que já protagonizou ações terroristas, Hazem Qassem, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
O mesmo responsável pediu aos "atores internacionais que continuem a monitorizar o comportamento do ocupante para impedir que volte à agressão",
Trump e o presidente da Autoridade Nacional Palestinina (ANP), Mahmoud Abbas, vão ser recebidos pelo seu homólogo egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, numa cimeira formal pela Paz naquela região do Mundo, na estância balenar Sharm el-Sheikh, juntamente com representantes de mais de 20 outros países, incluindo o antigo primeiro-ministro português e presidente do Conselho Europeu, António Costa.
Entretanto, dois autocarros da Cruz Vermelha que transportavam prisioneiros palestinianos começaram a sair da prisão de Ofer, Israel, após as Forças da Defesa Israelita (IDF, na sigla inglesa) anunciarem que todos os "reféns vivos" em posse do Hamas já tinham regressado.
A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos foi acordada na semana passada durante as negociações que decorreram no Egito.
Israel deverá libertar mais de 1.900 prisioneiros palestinianos como parte do plano.
Os 20 reféns, todos homens, reuniram-se com os familiares e vão ser depois ser submetidos a exames médicos.
Os corpos dos restantes 28 reféns mortos também devem ser entregues como parte do acordo, embora o momento da entrega ainda não tenha sido divulgado.
Trump vai encontrar-se com familiares das vítimas do ataque de 07 de outubro de 2023 e discursar no parlamento israelita ("Knesset"). O último chefe de estado dos EUA a fazê-lo foi George W. Bush, em 2008.
O ataque dos islamitas matou cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, incluindo mulheres e crianças, de acordo com uma contagem da agência noticiosa francesa AFP, baseada em dados oficiais.
Em resposta, Israel lançou uma campanha militar em Gaza que, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, causou mais de 67 mil mortes, também na sua maioria civis, e causou um desastre humanitário, incluindo a morte à fome de muitas crianças.
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