"Infelizmente é algo que estamos a prever, de quem nem todos os reféns mortos sejam devolvidos amanhã [segunda-feira]", indicou a mesma fonte.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha dito hoje que Israel está "pronto a acolher imediatamente todos" os reféns ainda retidos pelo Hamas e os seus aliados na Faixa de Gaza.
O Hamas comprometeu-se a iniciar, na segunda-feira, a libertação dos 48 reféns, maioritariamente israelitas, ainda detidos em Gaza, no âmbito do acordo de paz impulsionado pelos Estados Unidos que foi alcançado na semana passada em negociações no Egito.
"Em conformidade com o acordo assinado, a troca de prisioneiros deve começar na segunda-feira de manhã, como combinado, e não há novidades a esse respeito", disse, no sábado, um representante do grupo radical palestiniano, identificado como Oussama Hamdane, também em declarações à AFP.
Depois de concluída a entrega, Israel deverá libertar cerca de 2.000 detidos palestinianos das suas prisões, de acordo com os termos da primeira fase de um acordo de cessar-fogo assinado pelas duas partes.
De acordo com Telavive, dos 48 reféns (47 dos quais raptados a 07 de outubro de 2023, durante os ataques do Hamas a Israel, que deram início à guerra, e um soldado morto em 2014, cujos restos mortais estão na posse do grupo extremista palestiniano), 20 estão vivos e 28 mortos.
Os reféns que Israel acredita continuarem vivos são todos homens com idades compreendidas entre os 20 e os 48 anos.
Momentos antes das declarações do exército, uma porta-voz de Benjamin Netanyahu tinha indicado à imprensa que um "organismo internacional, acordado no âmbito [do acordo de cessar-fogo, ajudaria] a localizar os reféns (mortos) se não fossem encontrados e libertados" na segunda-feira.
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