Na rede social X, Hussein al-Sheikh mostrou-se numa fotografia ao lado de Tony Blair, num encontro que serviu para discutir os próximos passos para o fim do conflito em Gaza, entre Israel e o movimento radical Hamas, e na véspera da cimeira, na cidade egípcia de Sharm el Sheikn, para assinar o plano de paz.
"Hoje reuni-me com Tony Blair para falar sobre o dia seguinte à guerra e sobre os esforços para que as iniciativas do presidente Trump, cujo objetivo é pôr fim à guerra e estabelecer uma paz duradoura na região, sejam um sucesso", escreveu Hussein al-Sheikh.
O vice-presidente da Organização para a Libertação da Palestina confirmou ainda a sua disponibilidade para colaborar com os envolvidos nas negociações "para consolidar o cessar-fogo, a entrada de ajuda humanitária e a libertação de reféns e prisioneiros, e depois começar com a recuperação e a reconstrução".
Hussein al-Sheikh sublinhou ainda a necessidade de restituição de financiamento palestiniano que está retido, para evitar que se comprometa a solução de dois Estados, de Israel e da Palestina.
Israel e Hamas anunciaram na quarta-feira à noite um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.
O acordo alcançado no Egito faz parte de um plano de 20 pontos de Trump que prevê um cessar-fogo em Gaza, a libertação de reféns, uma retirada israelita em etapas de Gaza, o desarmamento do Hamas e o estabelecimento de uma autoridade de transição composta por tecnocratas, liderada por um comité presidido pelo próprio Trump e pelo antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair.
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