Na sua página do X (antigo Twitter), Nawaf Salam indicou ter ligado ao ministro das Relações Externas libanês, Yousef Raji, e pediu-lhe que "apresentasse uma queixa urgente ao Conselho de Segurança em relação à recente agressão israelita contra instalações civis e comerciais na vila de Msayleh".
O primeiro-ministro do Líbano classificou este ataque como "uma violação flagrante da Resolução 1701" do Conselho de Segurança, que pôs fim à guerra de 2006, bem como à "declaração de cessação das hostilidades emitida no passado mês de novembro".
O exército israelita voltou a bombardear, este sábado, o sul do Líbano, causando um morto e sete feridos, num ataque aéreo que teve como alvo maquinaria pesada na localidade de Msayleh, segundo a Agência Nacional de Notícias Libanesa (ANN) citada pela agência espanhola EFE.
Num comunicado militar, Israel afirmou ter atacado "a infraestrutura terrorista do Hezbollah no sul do Líbano", sem mencionar a pessoa morta que, segundo a ANN, era um civil.
No sábado, o presidente libanês, Joseph Aoun, condenou o ataque, que classificou como "uma agressão flagrante contra infraestruturas civis, sem qualquer justificação ou mesmo pretexto".
A agressão aconteceu poucos dias após o Hamas e Israel terem acordado um cessar-fogo na Faixa de Gaza, depois de negociações na cidade egípcia de Sharm el Sheik, com a mediação dos Estados Unidos, do Catar e do Egito.
Israel continuou a atacar o território libanês praticamente todos os dias, apesar do cessar-fogo em vigor desde novembro passado, alternando bombardeamentos seletivos contra veículos ou residências com ataques mais amplos dirigidos a infraestruturas e armazéns de armas do grupo xiita libanês Hezbollah.
De acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, já morreram 103 civis no Líbano devido a ataques israelitas desde o cessar-fogo.
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