Numa declaração, o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelaty, afirmou ter mantido "contactos telefónicos com os seus homólogos de Estados árabes, islâmicos, europeus e asiáticos para transmitir convites" para que os respetivos presidentes ou chefes de governo participem na cimeira na segunda-feira, sem especificar quais os mandatários convidados.
"Nestes contactos telefónicos, Abdelaty abordou os preparativos e os temas a discutir na cimeira, que constitui um encontro histórico destinado a pôr fim à guerra na Faixa de Gaza e a iniciar um novo capítulo de paz e segurança na região do Médio Oriente", acrescenta a declaração egípcia.
"[O encontro] porá fim ao sofrimento do povo palestiniano na Faixa de Gaza, à luz da visão do Presidente norte-americano para a paz na região e dos seus esforços sinceros para alcançar a paz e a estabilidade no Médio Oriente e pôr fim aos conflitos mundiais", indicou o chefe da diplomacia egípcia.
A Cimeira de Paz de Sharm el-Sheij, que terá lugar nesta cidade balnear egípcia, em pleno Mar Vermelho, foi anunciada após a concretização de um acordo de cessar-fogo em Gaza entre Israel e o grupo islâmico palestiniano Hamas.
A Presidência egípcia indicou hoje, também num comunicado, que a cimeira contará com a participação de líderes de mais de 20 países, entre os quais já confirmaram, entre outros, o espanhol Pedro Sánchez, o francês Emmanuel Macron e o britânico Keir Starmer.
O acordo, que constitui a primeira fase do plano de paz de Trump para Gaza, inclui uma trégua, que vigora desde sexta-feira, bem como a libertação de todos os reféns israelitas nas mãos do Hamas (48, de que apenas 20 estarão vivos) em troca da libertação, por Israel, de 1.950 palestinianos e da entrada de mais ajuda humanitária no enclave.
O acordo prevê também uma retirada das de tropas israelitas da Faixa de Gaza.
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