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Fonte do Hamas afirma que movimento não governará Gaza no pós-guerra

O Hamas não participará na governação de Gaza no pós-guerra, afirmou hoje uma fonte do movimento, na véspera da cimeira dedicada ao território palestiniano, que reunirá no Egito cerca de duas dezenas de dirigentes em torno de Donald Trump.

Fonte do Hamas afirma que  movimento não governará Gaza no pós-guerra

© Lusa

Lusa
12/10/2025 11:55 ‧ há 2 horas por Lusa

Após dois anos de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, entrou em vigor na passada sexta-feira um cessar-fogo com base no plano de 20 pontos apresentado pelo Presidente norte-americano, que prevê o desarmamento do Hamas e exclui qualquer papel do movimento na futura governação do território palestiniano.

 

"Para o Hamas, a governação da Faixa de Gaza é uma questão resolvida. O Hamas não participará de forma alguma na fase de transição, o que significa que renunciou ao controlo da Faixa de Gaza, mas continua a ser um elemento fundamental da sociedade palestiniana", declarou à AFP, sob anonimato, uma fonte próxima da equipa de negociadores do Hamas.

Embora a liderança do Hamas tenha estado no passado dividida sobre questões-chave, nomeadamente quanto à administração futura de Gaza, a recusa em relação ao desarmamento parece ser consensual.

"O Hamas aceita uma trégua de longa duração e que as suas armas não sejam utilizadas durante esse período, exceto em caso de ataque israelita contra Gaza", referiu a mesma fonte. "A entrega das armas proposta está totalmente fora de questão e não é negociável", afirmou no sábado outro responsável do Hamas.

A primeira cláusula do plano Trump prevê que a Faixa de Gaza, onde o movimento islamita assumiu o poder em 2007, se torne "uma zona desradicalizada e livre do terrorismo, que não represente uma ameaça para os seus vizinhos".

O plano prevê também que o Hamas não desempenhe qualquer papel na futura governação da Faixa de Gaza e que a sua infraestrutura militar e o seu arsenal sejam destruídos.

Durante uma fase de transição, um comité palestiniano "tecnocrático e apolítico" ficará encarregado de gerir os serviços públicos.

A fonte próxima dos negociadores indicou que a equipa pediu ao Egito, um dos países mediadores, que convocasse uma reunião antes do final da próxima semana para alcançar um acordo sobre a composição desse comité, acrescentando que a lista de nomes está "quase pronta".

"O Hamas, juntamente com outras fações, apresentou 40 nomes. Não há absolutamente qualquer veto e nenhum deles pertence ao Hamas", acrescentou a fonte.

O papel do Hamas no pós-guerra está, porém, confuso, uma vez que no sábado o movimento de resistência islâmico indicou que não vai participar na assinatura oficial do acordo de paz com Israel.

Israel e o Hamas concluíram na quinta-feira, no Egito, um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira, prevendo a libertação dos reféns detidos em Gaza dentro de 72 horas em troca de prisioneiros detidos por Israel -- os 48 reféns, em que apenas 20 deles se crê estarem vivos, em troca de 1.950 prisioneiros palestinianos.

O acordo baseia-se num plano anunciado no final de setembro pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pôr fim a dois anos de guerra na região.

Um acordo de paz global e definitivo implicará negociações "muito mais complexas" na segunda fase do acordo anunciado por Trump, admitiu hoje o Hamas.

Leia Também: Quem são os 20 reféns que Israel acredita continuarem vivos?

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