No entanto, adensam-se as dúvidas sobre a viabilidade da troca, já que o Hamas recusou participar na assinatura oficial do acordo de paz com Israel, depois de rejeitar a parte do plano que implica o desarmamento do movimento de resistência islâmica.
Segundo a agência de notícias espanhola EFE, está é a lista dos reféns presumivelmente vivos que deverão ser trocados, na primeira fase do plano de paz apresentado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aceite por Israel e pelo Hamas, por 1.950 palestinianos:
Nimrod Cohen (20 anos): capturado num tanque perto da fronteira com Gaza. Um prisioneiro libertado transmitiu à família uma mensagem a dizer que estava bem, e num vídeo divulgado pelo Hamas, os familiares reconheceram a sua tatuagem.
Nimrod Cohen© REUTERS Rom Braslavski (21): sequestrado enquanto trabalhava como segurança no festival de música Supernova, durante uma pausa no serviço militar. A família recebeu uma primeira prova de vida em março passado através de um ex-refém que fez amizade com ele. Em agosto, o Hamas divulgou um vídeo em que aparecia extremamente magro e pálido, com ferimentos na pele, a ver imagens de crianças desnutridas numa televisão.
Rom Braslavski © REUTERS
Matan Angrest (22): servia como soldado a 07 de outubro de 2023, dia do ataque do Hamas contra Israel, e foi capturado no 'kibutz' (comuna agrícola) Nahal Oz, depois de o seu tanque ter sido incendiado. Alguns reféns libertados afirmaram que sofreu ferimentos graves por ter sido acorrentado e espancado. No final de setembro, as Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, pediram ao exército israelita que interrompesse a ofensiva sobre a cidade de Gaza, alertando que a vida de Matan estava "em perigo".
Matan Angrest © REUTERS Bar Kupershtein (23): trabalhava no festival Supernova, onde foi capturado. Houve provas de vida em fevereiro e abril passados, através de um refém libertado e de um vídeo.
Bar Kupershtein© REUTERS Evyatar David e Guy Gilboa-Dalal (ambos 24): os dois melhores amigos foram sequestrados no festival Supernova. Em fevereiro apareceram num vídeo publicado pelo Hamas, no qual assistiam à libertação de outros reféns. A 05 de setembro, quando se assinalavam 700 dias de ofensiva, o Hamas divulgou um novo vídeo onde os dois surgiam dentro de um carro, afirmando estar na cidade de Gaza, onde as tropas israelitas prosseguiam a ofensiva para assumir o controlo total.
Evyatar David© REUTERS
Guy Gilboa-Dalal© REUTERS Yosef-Haim Ohana (24): capturado no mesmo festival. Acredita-se que tenha ajudado outros participantes antes de ser raptado. A família afirmou em fevereiro ter recebido uma "indicação clara" de que estava vivo. Em maio apareceu num vídeo de propaganda do Hamas, junto de Elkana Bohbot, um dos produtores do festival que foi sequestrado no local do evento, pedindo o fim dos combates e acusando o Governo israelita de ter "as mãos manchadas de sangue".
Yosef-Chaim Ohana© REUTERS Alon Ohel (24): foi um dos quatro sobreviventes do abrigo do festival Supernova, onde outras 16 pessoas foram mortas. A primeira prova de vida surgiu após a libertação de outros reféns, em fevereiro. A 22 de setembro, o Hamas publicou um vídeo em que Alon dizia que a sua morte era "inevitável".
Alon Ohel© REUTERS Eitan Mor (25): feito refém enquanto trabalhava como segurança no festival. Um amigo raptado com ele foi encontrado morto em Gaza, mas de Mor foi recebida uma prova de vida durante a trégua de início de ano, segundo a agência Jewish Telegraphic.
Eitan Mor© REUTERS Matan Zangauker (25): raptado em casa com a sua companheira -- libertada em novembro de 2023 -- no 'kibutz' de Nir Oz. A mãe foi expulsa do Parlamento israelita quando apelava à libertação do filho. Em junho, o Hamas emitiu um comunicado advertindo que o exército israelita seria responsável pela sua morte se tentasse libertá-lo, depois de as tropas terem cercado o local onde estava detido.
Matan Zangauker© REUTERS Os gémeos Gali e Ziv Berman (27): sequestrados na sua casa no 'kibutz' de Kfar Aza. Segundo as autoridades, estão a ser mantidos separados. A família recebeu provas de vida de ambos durante a trégua no início do ano.
Gali Berman© REUTERS
Ziv Berman© REUTERS Segev Kalfon (27): feito refém no festival. A primeira prova de vida foi recebida em fevereiro passado, segundo a Jewish Telegraphic.
Segev Kalfon
© REUTERS
Os irmãos Ariel (28) e David Cunio (35): o primeiro foi capturado com a namorada no 'kibutz' de Nir Oz. O segundo na sua casa, com a mulher, as filhas gémeas, a cunhada e as sobrinhas. Todas foram libertadas.
Ariel Cunio© REUTERS
David Cunio© REUTERS
Avinatan Or (32): namorado de Noa Argamani, que foi resgatada em junho de 2024. Segundo a Jewish Telegraphic, foi um dos primeiros israelitas a aparecer em imagens durante o cativeiro.
Avinatan Or© REUTERS Elkana Bohbot (36): sequestrado no festival Supernova e filmado enquanto era agredido antes de ser levado para Gaza. Em maio apareceu vivo num vídeo de propaganda do Hamas, junto de Yosef-Haim Ohana, visivelmente debilitado. Pediu à família, através de um refém libertado, que mantivesse o posto no mercado onde planeia abrir uma geladaria quando for libertado.
Elkana Bohbot© REUTERS Maxim Herkin (37): capturado no festival Supernova. Tinha regressado de uma visita à sua Ucrânia natal uma semana antes do '07 de outubro'. Natural da região do Donbass, tem uma filha que vive na Rússia. Em maio, apareceu num vídeo do Hamas afirmando ter ficado ferido quando tropas israelitas bombardearam o túnel onde estava detido.
Maxim Herkin© REUTERS Eitan Horn (38): sequestrado enquanto visitava o irmão mais velho. Num vídeo do grupo islamita surge a implorar o fim da guerra, enquanto o irmão era libertado em fevereiro passado.
Eitan Horn© REUTERS Omri Miran (48): o mais velho dos reféns que se acredita estarem vivos. Capturado no seu carro, diante da mulher e dos filhos. A família recebeu provas de vida em vídeos publicados pelo Hamas em abril de 2024 e abril de 2025, bem como outra em fevereiro. No final de setembro, as Brigadas al-Qassam pediram ao exército israelita que interrompesse a ofensiva sobre a cidade de Gaza, alertando que a vida de Omri estava "em perigo".
Omri Miran© REUTERS
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