A decisão também dá luz verde para que os soldados permaneçam no estado do Illinois, onde se situa Chicago, enquanto a ação inicial --- apresentada pelos líderes democratas do estado e da cidade --- decorre num tribunal de primeira instância.
A deliberação do tribunal de recurso foi divulgada menos de dois dias depois de a juíza federal April Perry ter bloqueado temporariamente o envio dos militares, que partiram do Texas, um estado governado por um republicano ultraconservador, Greg Abbott, aliado de Donald Trump.
A juíza justificou a sua decisão com o facto de não ter encontrado "qualquer prova credível de que exista perigo de rebelião no estado do Illinois", argumento com o qual os representantes do Departamento de Justiça tentaram justificar o envio das tropas.
Após a decisão ter sido conhecida, o governador do Illinois, o democrata J.B.Pritzker, escreveu na rede social X: "Donald Trump não é um rei e a sua administração não está acima da lei. Hoje, um tribunal confirmou o que já todos sabíamos".
Os embates entre o Presidente norte-americano e as autoridades de Chicago escalaram no último mês, quando teve início a operação Midway Blitz, liderada pelo Serviço de Imigração e Controlo Aduaneiro dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), como parte de uma série de operações de detenções e deportações em massa de migrantes.
As rusgas do ICE resultaram em múltiplas detenções de pessoas de origem latina, com o objetivo de deportá-las, em consonância com a dura política anti-imigração da administração norte-americana republicana.
Donald Trump tem defendido o uso das tropas federais para conter o que descreveu como "criminalidade galopante" nas grandes cidades, mas enfrenta resistência judicial e política de vários estados, que classificaram as medidas como ilegais e excessivas.
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