Procurar

Juíza suspende envio de tropas para Chicago após ordem de Trump

Uma juíza federal norte-americana suspendeu temporariamente o destacamento de tropas da Guarda Nacional para Chicago, ordenado pelo Presidente Donald Trump, não identificando o risco de "rebelião" invocado pelo governo, noticiaram os media locais.

Juíza suspende envio de tropas para Chicago após ordem de Trump

© Shutterstock

Lusa
10/10/2025 07:46 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

EUA

"Não encontrei qualquer prova credível de que exista perigo de rebelião no estado do Illinois", disse a juíza April Perry, citada pelos media na quinta-feira, ao ler a decisão.

 

A magistrada referiu que emitirá uma ordem de restrição temporária limitando o envio de tropas para o estado.

Perry classificou as alegações feitas pelos funcionários do Departamento de Segurança Interna como "pouco fiáveis" e afirmou que o envio de tropas para Chicago "só iria colocar mais lenha na fogueira que a própria defesa (o governo) iniciou", segundo as mesmas fontes.

O Presidente norte-americano já ordenou o envio de tropas para Los Angeles (Califórnia), Washington (Distrito de Columbia), e Memphis (Tennessee), aumentando a presença de militares e de forças de agências federais em cidades governadas pelos democratas, na oposição. 

Um juiz federal na Califórnia determinou ser ilegal o destacamento de tropas para Los Angeles, o primeiro ordenado pelo Presidente republicano para reprimir os protestos contra a imigração. 

Em 28 de setembro, o Presidente anunciou a decisão de enviar tropas com autorização para uso da "força total" em Portland, uma cidade que afirmou estar "devastada pela guerra".  

Membros da Guarda Nacional dos estados do Texas e Illinois chegaram esta semana ao Centro da Reserva Militar, em Elwood, no sudoeste de Chicago. Todo o contingente de 500 efetivos está sob o Comando Norte dos EUA e foi ativado por 60 dias.

Os democratas dirigentes da cidade e do Estado apresentaram uma queixa na segunda-feira para acabar com o destacamento, considerando-o desnecessário e ilegal.

Durante a audiência, Christopher Wells, do gabinete da Procuradoria-Geral estadual qualificou o destacamento como uma crise constitucional e sugeriu que o governo ignorou a contestação legal quando enviou, de madrugada, tropas para guardar instalações dos serviços de imigração. 

A autarquia da cidade e o Estado, cuja gestão é feita por democratas eleitos, argumentam que Donald Trump excedeu a sua autoridade e ignorou os seus pedidos para manter a Guarda fora das ruas.

Também hoje, uma juíza federal de Illinois (EUA) proibiu os agentes federais destacados nas operações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE na sigla em inglês), na área de Chicago, de usar a força contra jornalistas e manifestantes, que não representem uma ameaça.

A juíza Sara Ellis emitiu essa ordem, com duração de 15 dias, como resposta a um processo movido por um grupo de jornalistas, manifestantes e um religioso que alegaram ter sido feridos por agentes federais fora das instalações do ICE em Broadview (Chicago).

A ordem estabelece que é proibido aos agentes "dispersar, prender, ameaçar prender ou usar força física" contra jornalistas ou pessoas que possam ser jornalistas, a menos que existam indícios de crime, e usar força contra qualquer pessoa que não constitua uma "ameaça imediata" para os outros.

Também lhes é proibido utilizar armas de controlo de distúrbios, como projéteis e gás lacrimogénio, especificamente contra membros da imprensa e manifestantes ou religiosos que não representem uma ameaça para a segurança das forças da ordem ou de outras pessoas.

Jon Schleuss, o presidente da NewsGuild-CWA, o maior sindicato de jornalistas da América do Norte, aplaudiu a juíza, que "deixa claro que o Governo não pode usar armas de controlo de distúrbios contra jornalistas, trabalhadores de media, manifestantes pacíficos e membros do clero".

"O jornalismo não é um crime. Todo o americano deve condenar veementemente o assalto da Administração Trump contra os nossos direitos da Primeira Emenda [liberdade de expressão]", acrescentou.

Este sindicato já denunciou, no verão, o Departamento de Segurança Interna por operações de imigração e protestos na área de Los Angeles em que jornalistas foram feridos, e a Justiça deu-lhes razão, e enalteceu precisamente a Primeira Emenda, recorda a nota.

O presidente do Sindicato de Imprensa de Chicago, Andy Grimm, que faz parte dos demandantes, pediu aos jornalistas que comuniquem se os agentes os agredirem com armas, como gás lacrimogéneo ou balas de borracha, ou sejam assediados ou sujeitos a qualquer tipo de força ou intimidação durante o seu trabalho.

Leia Também: Tribunal de Chicago está a julgar destacamento de tropas por Trump

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10