Christopher Wells, do gabinete da Procuradoria-Geral estadual qualificou o destacamento como uma crise constitucional e sugeriu que o governo ignorou a contestação legal quando enviou, de madrugada, tropas para guardar instalações dos serviços de imigração.
"O governo avançou de qualquer maneira. Agora, as tropas estão aqui", disse.
A exposição de Wells abriu a audiência extraordinária no tribunal federal de Chicago. A autarquia da cidade e o Estado, cuja gestão é feita por democratas eleitos, argumentam que Donald Trump excedeu a sua autoridade e ignorou os seus pedidos para manter a Guarda fora das ruas.
Uma elevada comparência de pessoas à audiência levou funcionários do tribunal a instalar vídeo para permitir uma assistência alargada.
O presidente da autarquia de Chicago, Brandon Johnson, instalou-se em um dos cantos da sala do tribunal.
O advogado do Departamento de Justiça, Eric Hamilton, afirmou que a área de Chicago estava cheia de "trágicas ilegalidades".
Mencionou um incidente recente em que um veículo da Guarda Fronteiriça foi cercado e um agente disparou sobre uma mulher.
"Chicago está a assistir a uma nova forma de hostilidade de amotinados contra agentes da lei", disse Hamilton. "Não são manifestantes. Há o suficiente para haver aqui perigo de rebelião".
Avançou que algumas pessoas usam máscaras antigás, o que interpretou como disposição para confrontos, mas a juíza April Perry contrariou-o, ao argumentar que o uso da máscara pode ser justificado para evitar o gás lacrimogéneo no edifício da agência de Imigração e Fronteiras, em Broadview, os arredores de Chicago.
"Eu também colocaria uma máscara antigás", disse a juíza, "não porque esivesse a pensar ser violenta, mas para me proteger".
Membros da Guarda Nacional do Texas e Ilinóis chegaram esta semana ao Centro da Reserva Militar, em Elwood, no sudoeste de Chicago. Todo o contingente de 500 efetivos está sob o Comando Norte dos EUA e foi ativado por 60 dias.
Os democratas dirigentes da cidade e do Estado apresentaram uma queixa na segunda-feira para acabar com o destacamento, considerando-o desnecessário e ilegal.
Trump descreve Chicago como 'um buraco do Inferno' cheio de crime, apesar de as estatísticas mostrarem significativas reduções de crime este ano.
O destacamento, criticaram os eleitos, "é o último episódio de uma campanha mais geral, do governo, para atacar jurisdições e que o presidente não gosta".
Trump disse na quarta-feira que Brandon Johnson e o governador estadual, JB Pritzker, deveriam ser presos, por falharem na proteção de agentes federais durante as rusgas anti-imigrantes.
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