A presença de António Guterres nesta cimeira, onde são esperados cerca de 20 líderes mundiais, foi anunciada por um porta-voz da ONU.
Também o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, estará em Sharm el-Sheikh, com presença confirmada por Downing Street para a "cerimónia de assinatura do plano de paz para Gaza, que marca um momento histórico para a região após dois anos de conflito e derramamento de sangue".
Já hoje o Presidente francês, Emmanuel Macron, tinha anunciado que se vai deslocará na segunda-feira ao Egito para manifestar o seu apoio à aplicação do acordo apresentado pelo homólogo norte-americano, Donald Trump, para pôr fim à guerra em Gaza.
De acordo com o portal de notícias norte-americano Axios, na cimeira estarão presentes altos dirigentes e ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Itália, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita, Paquistão, Indonésia, Espanha, Japão, Azerbaijão, Arménia, Hungria, Índia, El Salvador, Chipre, Grécia, Bahrein, Kuwait, Canadá e Irão.
Israel não vai participar no encontro diplomático.
A presidência egípcia, liderada por Abdel Fattah al-Sissi, anunciou que esta cimeira, co-organizada com os Estados Unidos, tem como objetivo "pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, reforçar os esforços para instaurar a paz e a estabilidade no Médio Oriente e abrir uma nova página de segurança e estabilidade na região".
Israel e o grupo islamista Hamas anunciaram na madrugada de quinta-feira um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que entrou em vigor na sexta-feira, a primeira fase de um plano de paz proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
A ofensiva israelita também destruiu quase todas as infraestruturas de Gaza e provocou a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 400 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.
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