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Gaza: Vídeo mostra destruição no regresso a uma da maiores zonas urbanas

Novas imagens captadas por drone mostram o regresso de palestinianos ao que resta da cidade de Gaza, após dois anos de guerra e com o cessar-fogo a entrar no seu segundo dia.

Gaza: Vídeo mostra destruição no regresso a uma da maiores zonas urbanas

© Lusa

Lusa
11/10/2025 22:10 ‧ há 5 horas por Lusa

As imagens captadas hoje pela agência Associated Press (AP) mostram poucos edifícios ainda de pé no bairro de Tal al-Hawa na cidade de Gaza (norte do enclave), a maior zona urbana da Faixa de Gaza e a que foi mais massacrada nesta fase final do conflito.

 

O resto em redor parece ter sido destruído. Escombros elevam-se bem acima dos tejadilhos dos veículos e as estradas estão cobertas de pó de betão, segundo as imagens relatadas pela agência noticiosa norte-americana.

Alguns residentes regressados disseram à AP que ficaram chocados com o novo nível de destruição.

"Não esperávamos essa magnitude de destruição", disse Farah Saleh.

O Centro de Satélites das Nações Unidas já estimou que 83% de todas as estruturas na cidade de Gaza foram destruídas ou sofreram alguns danos até ao final de setembro.

Segundo o centro, cerca de 78% das estruturas em toda a Faixa de Gaza foram destruídas ou sofreram danos até julho.

Cerca de 61 milhões de toneladas de escombros precisarão ser removidas em todo o território --- o equivalente a 25 Torres Eiffel em volume, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

A vegetação de Gaza também está praticamente morta. O PNUMA afirmou que 97% das árvores frutíferas, 95% dos arbustos e 82% das culturas anuais desapareceram.

A reconstrução de Gaza exigirá mais de 50 bilhões de dólares (43 mil milhões de euros), segundo estimativas do Banco Mundial.

Mais de 500 mil pessoas regressaram ao norte da Faixa de Gaza desde a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita Hamas, anunciou hoje a Defesa Civil do enclave palestiniano.

"Mais de 500.000 pessoas (...) chegaram a Gaza entre ontem [sexta-feira] e agora", disse Mahmoud Bassal, porta-voz desta organização de primeiros socorros que opera sob a autoridade do movimento radical palestiniano Hamas.

Na sexta-feira após a entrada em vigor do cessar-fogo, o exército israelita alertou a população da Faixa de Gaza para que não se aproximassem das tropas de Israel ainda presentes no território e indicou que várias zonas do norte do território continuavam perigosas.

O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel matou mais de 67 mil pessoas e provocou cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.

Leia Também: Hamas confirma que libertação de reféns "começa segunda-feira de manhã"

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