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Espanhola retida após 'atacar' israelita chega a acordo para deportação

A ativista Reyes Rigo Cervilla será deportada este sábado, depois de quase uma semana retida numa prisão israelita. Os companheiros voltaram a Espanha no início da semana, enquanto ela ficou por, alegadamente, ter mordido uma funcionária da prisão.

Espanhola retida após 'atacar' israelita chega a acordo para deportação

© pepo1913/ X (antigo Twitter)

Ana Teresa Banha
11/10/2025 18:47 ‧ há 6 horas por Ana Teresa Banha

A ativista espanhola que seguiu na flotilha humanitária e que ficou retida em Israel após morder uma funcionária israelita já chegou a um acordo de deportação, que deverá cumprir-se este fim de semana.

 

De acordo com as publicações israelitas e espanholas, a deportação acontece este sábado. A publicação El Espanol refere ainda que a família já estava, na sexta-feira, em contacto com o advogado que a defende devido à multa de 2.600 euros que terá de pagar para regressar de Israel. Segundo o Times of Israel, este valor diz respeito a questões administrativas.

Explicam as publicações que parte do acordo consistia em admitir que tinha cometido uma agressão ligeira contra a funcionária - que primeiro foi descrita como uma enfermeira e que agora é classificada como guarda da prisão onde estavam. A ativista, Reyes Rigo Cervilla, referiu ainda que terá sido em autodefesa.

Mordeu ou arranhou?

Note-se que a mulher, de 56 anos, foi acusada pelas autoridades de ter mordido a funcionária depois de um exame de rotina feito na prisão de Ketziot, onde os ativistas estiveram antes de serem deportados para os respetivos países. Previa-se que, à semelhança dos quase restantes 30 espanhóis, Cervilla voltasse para Espanha no início da semana.

Os restantes 27 seguiram de volta à Europa, e esta ficou retida, até este acordo ser fechado. Após ser acusada de morder a enfermeira, a mulher negou que o tivesse feito e, agora, a acusação foi mudada, falando as autoridades num "arranhão".

Segundo os procuradores, citados pelo Times of Israel, Cervilla atacou a guarda "agarrando-a pela mão esquerda e cravando as unhas na sua carne", causando-lhe "um corte profundo e vermelhidão". O corte da guarda foi desinfetado e ela recebeu uma vacina contra o tétano.

Desta forma, e acusada de uma agressão ligeira, a mulher considerou-se então culpada, mantendo que a funcionária em questão foi violenta para consigo e para a colega de flotilha que estava com ela.

Para além da deportação, o acordo prevê ainda que, desta forma, as autoridades israelitas não necessitem de mostrar as câmaras de vigilância, que, segundo a ativista, mostrariam como a funcionária foi agressiva para a ativista.

Ao ser ouvida, e tal como pode ver no vídeo abaixo, conhecido no final desta semana, a mulher explicou que foi tratada com violência.

"Bateram-nos, empurraram-nos", explicou ao tribunal, dando conta de que "ao contrário do que descreveram, eles atacaram a minha amiga, eu tentei defendê-la".

"Quando cheguei perto da minha amiga, eles agarraram-me pela cabeça e os meus óculos caíram. Depois de receber todos os tipo de empurrões de todos os lados, levantei-me", disse.

Depois, descreveu as condições em que ficou detida com o restante grupo da flotilha, dizendo que estavam numa cela destinada a cinco pessoas, mas que no interior estavam 14. "Não nos deram água, comida, e cheirava mal", descreveu. 

A Flotilha Global Sumud saiu de Barcelona, no norte de Espanha, em 31 de agosto, e pretendia chegar com ajuda humanitária ao território palestiniano da Faixa de Gaza, mas foi intercetada, há cerca de duas semanas em águas internacionais por militares israelitas, que detiveram cerca de 450 pessoas que seguiam nos barcos.

Entre os deportados estão cidadãos da Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polónia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia e Estados Unidos, disse o Ministério.

Veja as imagens na galeria acima.

Leia Também: Ativista espanhola retida em Israel após morder enfermeira na prisão

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