"Mais de 500.000 pessoas (...) chegaram a Gaza entre ontem [sexta-feira] e agora", disse Mahmoud Bassal, porta-voz desta organização de primeiros socorros que opera sob a autoridade do movimento islâmico palestino Hamas.
Na sexta-feira após a entrada em vigor do cessar-fogo, o exército israelita alertou a população da Faixa de Gaza para que não se aproximassem das tropas de Israel ainda presentes no território e indicou que várias zonas do norte do território continuavam perigosas .
O cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor às 12h00 locais (10h00 em Lisboa) de sexta-feira na sequência do acordo alcançado na quarta-feira entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
O acordo, que prevê a libertação de palestinianos e o regresso a Israel dos reféns que ainda permanecem na Faixa de Gaza, é a primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel já matou mais de 67 mil pessoas e provocou cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
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