O anúncio surge dias depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, assinar um decreto a prometer defender este país contra ataques, na sequência das agressões aéreas israelitas contra o líder do Hamas em Doha.
"Assinámos um acordo para a construção de uma instalação da Força Aérea do Qatar na base aérea de Mountain Home", no estado norte-americano de Idaho (noroeste), disse Pete Hegseth no Pentágono, ao lado do homólogo do Qatar, Saoud bin Abdulrahman Al Thani.
"[A instalação] acolherá um contingente de F-15 do Qatar e pilotos para reforçar o nosso treino conjunto", salientou.
Mountain Home acolhe atualmente um esquadrão de caças de Singapura, de acordo com o 'website' desta base aérea.
Hegseth também agradeceu ao Qatar pelo "papel considerável" como mediador nas negociações que levaram a um acordo entre Israel e o Hamas, bem como pela ajuda na libertação de um cidadão norte-americano no Afeganistão.
O ministro catari elogiou a "parceria sólida e duradoura" e as "relações estreitas em matéria de defesa" entre os dois países.
A base aérea de Al Udeid, no Qatar, é a maior instalação militar de Washington no Médio Oriente. As relações estreitas entre Trump e os líderes do Qatar suscitaram interrogações, nomeadamente devido ao presente oferecido ao presidente norte-americano, um Boeing 747 destinado a ser utilizado como avião presidencial.
Embora este projeto de instalação do Qatar em Idaho estivesse aparentemente em preparação desde o mandato do democrata Joe Biden, o acordo suscitou preocupações relacionadas com segurança, nomeadamente por parte de Laura Loomer, figura da extrema-direita norte-americana, geralmente aliada de Trump.
Loomer disse que nunca pensou ver os republicanos a darem ao Qatar uma base militar em solo norte-americano.
"O Qatar não terá a própria base nos Estados Unidos, nem nada que se assemelhe a uma base. Nós controlamos a base existente, como fazemos com todos os nossos parceiros", esclareceu Hegseth.
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