Numa declaração na rede social X, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar indicou que "os pormenores" deste acordo "vão ser anunciados mais tarde".
"Os mediadores anunciaram que foi alcançado um acordo esta noite sobre todos os termos e mecanismos para a implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza", declarou Majed al Ansari.
Na noite de quarta-feira, já madrugada no Médio Oriente, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que Israel e o Hamas concordaram em assinar a primeira fase de um quadro de paz que vai permitir a rápida libertação de todos os reféns e uma retirada das forças israelitas para uma zona demarcada.
Trump afirmou na rede social Truth Social que isso significa que "Israel irá retirar as tropas para uma linha acordada, como os primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e eterna" e que "TODOS os reféns serão libertados em breve".
Pouco depois, o Hamas confirmou o acordo "para acabar com a guerra de extermínio" em Gaza. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também reagiu ao acordo que vai levar para "casa todos os preciosos reféns".
Os primeiros pontos do plano, apresentado na Casa Branca a 29 de setembro, incluem o fim da ofensiva israelita em Gaza e a libertação, no prazo de 72 horas, de todos os reféns do Hamas, vivos e mortos.
O plano de Trump inclui ainda o desarmamento do Hamas, a formação de um governo de transição na Faixa de Gaza e, a longo prazo, eventuais negociações para a criação de um Estado palestiniano --- uma opção que, no entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afastou.
O grupo islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, atacou solo israelita a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.
A retaliação de Israel já fez mais de 67 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas zonas do enclave.
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