"Serão orientadas para os democratas, porque acreditamos que eles começaram isto, por isso deve ser orientado para os democratas", destacou o Presidente republicano, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca.
Trump acrescentou: "Haverá muitos (despedimentos), e anunciaremos os números nos próximos dias, mas serão muitos, tudo graças aos democratas".
A Casa Branca já tinha anunciado na sexta-feira o início de uma nova ronda de despedimentos que visa os funcionários federais, enquanto o presidente procura aproveitar a paralisação do governo para cortar funcionários em várias agências, numa tentativa de pressionar os democratas a aceitarem as suas exigências fiscais nas votações do Senado.
Mesmo antes da paralisação do governo, em 01 de outubro, a administração Trump alertou, através do Gabinete de Orçamento, que estavam planeadas demissões em massa.
A paralisação de 10 dias do Governo está a ser prolongada porque os democratas e os republicanos ainda não chegaram a acordo sobre o financiamento do Governo federal.
O Senado só volta a reunir na tarde de terça-feira, dia 14, quando a proposta republicana será novamente votada.
As divergências entre os partidos surgem porque os democratas insistem em renovar os subsídios para o programa de saúde Obamacare, que expira este ano, e em reverter os cortes na saúde incluídos na lei orçamental patrocinada por Trump, conhecida como 'Big Beautiful Bill'.
Além dos despedimentos, a paralisação do governo atingiu os principais museus de Washington, que vão fechar as portas ao público a partir de domingo devido à falta de fundos para continuar a funcionar.
As operações em vários aeroportos do país também foram afetadas, com dezenas de controladores de tráfego aéreo a faltar por doença desde que os seus salários foram suspensos após o encerramento.
Os democratas acusaram o Governo de ultrapassar os limites legais e argumentaram que os despedimentos são um "'bluff' político", sublinhando que até agora nenhum corte efetivo tinha sido confirmado.
O líder da maioria republicana no Senado, John Thune, apelou aos democratas moderados para "ganharem coragem" e apoiarem um projeto provisório que permita reabrir o Governo.
Os democratas, por sua vez, recusam-se a votar a proposta orçamental sem garantias de um acordo que aumente os benefícios do sistema de saúde.
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