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Mohammed VI pede justiça social sem se referir a protestos em Marrocos

O Rei de Marrocos defendeu hoje que as políticas públicas devem procurar a justiça social, que considerou uma "orientação estratégica" e não uma "prioridade temporária", sem se referir aos recentes protestos juvenis ocorridos nas principais cidades do país.

Mohammed VI pede justiça social sem se referir a protestos em Marrocos

© Reuters

Lusa
10/10/2025 19:20 ‧ há 8 horas por Lusa

Durante um discurso perante o parlamento para assinalar a abertura do último ano legislativo, Mohammed VI recordou as suas instruções ao Governo e apelou para que os esforços sejam concentrados no desenvolvimento das áreas geográficas mais vulneráveis, como os oásis e as montanhas.

 

"A justiça social e o combate às desigualdades territoriais não são apenas um 'slogan' vazio ou uma prioridade temporária (...), mas uma orientação estratégica com a qual todos os atores se devem comprometer", declarou.

Durante o seu discurso, transmitido pela televisão estatal, o soberano marroquino considerou a justiça social "um desafio decisivo que deve reger todas as políticas de desenvolvimento".

Nesse sentido, observou que o nível de desenvolvimento local é "o espelho fiel que reflete o progresso ascendente e solidário de Marrocos".

Mohammed VI recordou o seu discurso de 29 de julho, quando instou o poder executivo, por ocasião da Festa do Trono, a lançar um novo ciclo de programas de desenvolvimento local, com o objetivo de corrigir as desigualdades sociais e territoriais e garantir que os benefícios do crescimento económico cheguem a todos os cidadãos, em todas as regiões do país.

Este discurso estava a gerar expectativa após as recentes manifestações de jovens em várias cidades marroquinas, exigindo justiça social, reformas nos setores da saúde, educação e emprego, e o combate à corrupção.

Os protestos levaram a atos de violência que fizeram três mortos, centenas de feridos e numerosas detenções.

No entanto, o Rei marroquino não se referiu a estas mobilizações no seu discurso, que marca ainda o fim da atual legislatura, uma vez que Marrocos irá realizar eleições no próximo ano.

Leia Também: Sessenta figuras públicas de Marrocos instam rei a fazer "reformas de fundo"

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