Pelo menos nove soldados foram vistos junto ao complexo comercial Bass Pro Shops, na icónica Pirâmide de Memphis, acompanhados por um agente da polícia local, a posar para fotografias com visitantes, avançou a imprensa norte-americana.
Esta semana, a chefe da polícia de Memphis, Cerelyn "CJ" Davis, afirmou que a Guarda Nacional será usada em "funções não relacionadas com a fiscalização", como controlo de tráfego e presença em zonas comerciais, para evitar "uma perceção de militarização excessiva" nas comunidades.
O presidente da Câmara de Memphis, o democrata Paul Young, disse não ter solicitado o envio das tropas, mas admitiu esperar que a operação se concentre em combater a criminalidade violenta e não em "intimidar o público".
A 'task-force' federal iniciou atividades em 29 de setembro e já resultou em centenas de detenções e 2.800 multas de trânsito, indicou o Serviço de Delegados dos EUA, registando ainda quatro detenções por homicídio.
O envio de tropas para Memphis, segunda cidade mais populosa do estado do Tennessee, ocorreu um dia depois de um juiz federal do Illinois (centro-oeste) ter bloqueado o destacamento da Guarda Nacional para Chicago por, pelo menos, duas semanas, por considerar que o Governo de Trump violou a Constituição ao ultrapassar competências dos estados.
A decisão representou uma vitória para as autoridades democratas do Illinois, cujo governador, J.B. Pritzker, afirmou que "não há lugar para a Guarda Nacional nas ruas de cidades norte-americanas como Chicago".
Trump tem defendido o uso das tropas federais para conter o que descreveu como "criminalidade galopante" nas grandes cidades, mas enfrenta resistência judicial e política de vários estados, que classificaram as medidas como ilegais e excessivas.
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