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Israel publica lista de 250 detidos a libertar "por razões de segurança"

Israel publicou hoje uma lista de 250 "detidos por razões de segurança" que poderiam ser libertados em troca de reféns mantidos em Gaza, como parte do cessar-fogo, mas que exclui os principais símbolos da luta armada palestiniana.

Israel publica lista de 250 detidos a libertar "por razões de segurança"

© ABIR SULTAN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
10/10/2025 14:36 ‧ há 9 horas por Lusa

Os prisioneiros palestinianos que beneficiarão do pacto estão a cumprir prisão perpétua em prisões israelitas, embora o acordo tenha deixado de fora figuras proeminentes da política palestiniana, como Marwan Barghouti, um dos líderes da Primeira e Segunda Intifada e uma figura política proeminente dentro do partido Al Fatah (no poder na Cisjordânia), ou o líder da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Ahmad Saadat.

 

Segundo a lista publicada pelo Ministério da Justiça israelita, vários altos funcionários do movimento islamita palestiniano Hamas (que controla Gaza desde 2007), como Ibrahim Hamed e Hassan Salameh, também não serão libertados, apesar da pressão do grupo armado palestiniano para obter a libertação destes representantes.

Dos 250 prisioneiros que serão libertados, estima-se que 15 serão transferidos para Jerusalém Oriental, enquanto uma centena irá para a Cisjordânia e outros 135 serão sujeitos a deportação.

No entanto, várias mudanças de última hora foram introduzidas ao longo desta manhã, na qual o cessar-fogo na Faixa de Gaza também entrou em vigor, de acordo com informações recolhidas pelo jornal The Times of Israel.

Assim, Iyad Abu al-Rub, comandante da Jihad Islâmica na área de Jenin e condenado por orquestrar ataques terroristas em solo israelita, deverá ser libertado, juntamente com Mohammed Zakarne, um membro da Fatah que planeou um ataque em 2009.

A eles junta-se Mohammed Abu al-Rub, condenado por um ataque com faca em 2017. Mahmud Qawasmi, um alto funcionário do Hamas libertado e preso novamente em Gaza em 2024, também será entregue.

O acordo inclui a libertação de mais de 1.700 habitantes de Gaza detidos após o ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023, mas que não estiveram envolvidos nos ataques, incluindo todas as mulheres e crianças detidas neste contexto.

Da mesma forma, por cada refém israelita cujo corpo for entregue, Israel entregará os restos mortais de 15 habitantes de Gaza falecidos.

Por sua vez, o Gabinete de Informação de Prisioneiros Palestinianos, afiliado ao Hamas, disse num comunicado que "ainda não foi alcançado um acordo sobre o conteúdo da lista e os nomes a incluir na troca".

"Uma vez alcançado um acordo sobre os nomes dos presos, as listas oficiais serão publicadas na plataforma do gabinete", sublinhou.

Na madrugada de hoje, o Governo israelita aprovou a primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza e libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas, impulsionado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, tendo o entendimento entrado em vigor hoje às 12h00 locais (10h00 em Lisboa).

De acordo com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, dos 48 reféns (47 dos quais raptados a 07 de outubro de 2023, durante os ataques do Hamas a Israel, que deram início à guerra, e um soldado morto em 2014, cujos restos mortais estão na posse do grupo extremista palestiniano), 20 estão vivos e 28 mortos.

Leia Também: Trump confirma que partida para Médio Oriente está prevista para domingo

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