"Vão ter a seu cargo supervisionar o acordo de Paz e vão trabalhar em conjunto com outras forças internacionais naquele local", escreveu a porta-voz, Karoline Leavitt, na sua página oficial da rede social X.
Leavitt esclareceu que aqueles militares dos Estados Unidos da América (EUA) vão ficar estacionados em Israel e em países vizinhos da região.
Fontes da Administração do presidente Donald Trump disseram à cadeia televisiva norte-americana CNN que esta força militar poderá contar com elementos oriundos de Egito, Qatar, Turquia e Emirados Árabes Unidos (EAU), sublinhando que "de maneira alguma militares dos EUA vão pôr os pés" no enclave palestiniano.
Nenhum daqueles países ainda se pronunciou sobre o assunto, mas esta hipótese tinha sido já colocada pelo presidente francês, Emmanuel Macron: uma "Força Internacional de Estabilização" para controlar as zonas futuramente desocupadas por Israel, na retirada parcial das Forças da Defesa Israelita (IDF, na sigla inglesa).
As mesmas fontes acrescentaram que a operação vai ser liderada pelo comandante do CENTCOM, almirante Brad Cooper, com a missão de "monitorizar, observar e garantir que não há violações nem incursões porque todo o Mundo está preocupado com a outra parte".
O cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor às 12:00 locais (10:00 em Lisboa), anunciou o exército israelita, na sequência do acordo alcançado na quarta-feira entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas.
O mesmo responsável indicou que as tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa) já estão "nas novas linhas de destacamento operacional, com base no acordo de cessar-fogo e no regresso dos reféns", referindo-se à chamada 'linha amarela', definida no acordo mediado pelos Estados Unidos, Qatar, Egito e Turquia, com base no plano de paz apresentado por Trump.
Com a entrada em vigor do cessar-fogo, começou a contar o período de 72 horas para a libertação dos 48 reféns, dos quais 20 vivos, que continuam retidos em Gaza desde o ataque do grupo terrorista contra Israel, em 07 de outubro ("7-O") de 2023.
Além dos reféns, o ataque causou a morte de 1.219 pessoas, na maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Em resposta, Israel lançou uma campanha militar em Gaza que, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, causou mais de 67 mil mortes, também na sua maioria civis, e causou um desastre humanitário.
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