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EUA instalam centro de coordenação em Israel para vigiar cessar-fogo

Os Estados Unidos vão instalar um "centro de coordenação civil-militar" em Israel, com cerca de 200 soldados, com a missão de apoiar e monitorizar o acordo de cessar-fogo em Gaza, noticiou a agência AP. 

EUA instalam centro de coordenação em Israel para vigiar cessar-fogo

© Saeed M. M. T. Jaras/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/10/2025 23:29 ‧ há 11 horas por Lusa

Citando autoridades norte-americanas que pediram anonimato, a AP adianta que o centro de coordenação civil-militar a estabelecer pelo Comando Central dos Estados Unidos em Israel ajudará a facilitar o fluxo de ajuda humanitária, bem como assistência logística e de segurança para o território devastado por dois anos de guerra.

 

A equipa a enviar inclui meios de nações parceiras, organizações não governamentais e atores do setor privado, adiantou a mesma fonte.

O envio do destacamento de 200 militares norte-americanos foi noticiado também pela AFP.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira que a primeira fase do seu plano de paz para a Faixa de Gaza foi aceite pelo Hamas, que libertará os restantes reféns, e por Israel, que retirará as suas forças para uma zona demarcada.

O plano de paz de 20 pontos elaborado por Trump para pôr fim à guerra em Gaza foi negociado no Egito desde segunda-feira entre delegações de Israel e do Hamas, com mediadores.

Os primeiros pontos do plano, apresentado na Casa Branca a 29 de setembro, incluem o fim da ofensiva israelita em Gaza e a libertação, no prazo de 72 horas, de todos os reféns do Hamas, vivos e mortos. 

O plano de Trump inclui ainda o desarmamento do Hamas, a retirada de Israel do enclave, a formação de um governo de transição na Faixa de Gaza e, a longo prazo, eventuais negociações para a criação de um Estado palestiniano --- uma opção que, no entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afastou. 

O Hamas disse concordar com alguns dos pontos e que queria negociar outros, o que está a acontecer desde segunda-feira no Egito, e anunciou que já trocou com Israel listas de detidos a libertar. 

O movimento, que tem protagonizado ações terroristas em defesa da causa palestiniana, anunciou ter entregado a lista de prisioneiros que pretende ver libertados às autoridades israelitas, mas Israel ainda não se pronunciou.

Cerca de 250 são pessoas condenadas à pena perpétua e outras 1.700 são presos na sequência do atentado de 07 de outubro de 2023.

O Governo de Netanyahu já ratificou a primeira fase do plano de paz em Gaza e o recuo das tropas deverá acontecer em 24 horas, havendo então 72 horas para a troca de reféns e prisioneiros entre as partes. 

O "centro de coordenação civil-militar" referido pelas autoridades norte-americanas à AP é a primeira indicação de que as Forças Armadas dos Estados Unidos terão um papel na implementação do plano, em relação à qual restam uma série de questões, incluindo sobre o desarmamento do Hamas, a retirada das forças israelitas de Gaza e um futuro governo no território.

Uma das autoridades disse à AP que a nova equipa vai ajudar a monitorizar a implementação do acordo de cessar-fogo e a transição para um governo civil em Gaza.

Segundo a mesma fonte, o centro de coordenação contará com cerca de 200 militares norte-americanos com experiência em transporte, planeamento, segurança, logística e engenharia.

Nenhum militar norte-americano será enviado para Gaza, segundo uma das fontes citadas pela AP.

Uma segunda autoridade disse que as tropas viriam do Comando Central norte-americano, bem como de outras partes do globo, e acrescentou que já começaram a chegar e continuarão a deslocar-se para a região durante o fim de semana para iniciar o planeamento e os esforços para estabelecer o centro. 

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi iniciada quando o grupo islamita radical Hamas, que controla este território palestiniano, atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns. 

A retaliação de Israel já fez mais de 67 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. 

As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas zonas do enclave. 

[Notícia atualizada às 23h41]

Leia Também: Procuradora-geral de Nova Iorque acusada de fraude após pedido de Trump

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