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Procuradora-geral de Nova Iorque acusada de fraude após pedido de Trump

A procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, foi hoje acusada de fraude hipotecária, após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter dito que a procuradoria deveria processá-la, juntamente com o ex-diretor da agência federal de investigação criminal (FBI) James Comey. 

Procuradora-geral de Nova Iorque acusada de fraude após pedido de Trump

© Lucas Jackson/Reuters

Lusa
09/10/2025 23:10 ‧ há 19 horas por Lusa

Mundo

Letitia James

Segundo o canal norte-americano CNN, Letitia James estava sob investigação desde maio por causa de uma hipoteca de 2023 que fez para ajudar a sobrinha a comprar uma casa em Norfolk, Virgínia. 

 

Os advogados de James admitem um erro no preenchimento de um documento, mas afirmam que o mesmo foi corrigido atempadamente e que não há sustentação mínima para a acusação, segundo a mesma fonte. 

De acordo com vários media norte-americanos, a acusação foi apresentada em Alexandria, no estado da Virgínia. 

James ganhou em 2024 em Nova Iorque um processo civil por fraude contra Trump, os seus filhos adultos e a sua imobiliária, tendo o julgamento sido marcado por acesas trocas de palavras entre o então candidato presidencial republicano e a procuradora nova-iorquina.  

Um juiz considerou os réus responsáveis por fraude, por inflacionar o valor das suas propriedades, e ordenou que Trump pagasse 355 milhões de dólares em multas, decisão de que o empresário e agora Presidente recorreu.  

No mês passado, a CNN noticiou que os procuradores do Departamento de Justiça da Virgínia, liderados na altura por Erik Seibert, entrevistaram dezenas de testemunhas e acreditaram não ter reunido provas suficientes para sustentar acusações criminais contra Letitia James.   

Sob pressão de Trump para apresentar acusações contra James e o ex-diretor do FBI James Comey, Seibert demitiu-se e foi substituído como procurador por Lindsey Halligan, antiga advogada pessoal de Trump. 

Sem experiência como procuradora federal, Halligan apressou-se a apresentar o caso de Comey a um grande júri poucos dias depois de ser nomeada. 

Comey foi acusado de obstrução à justiça e perjúrio por um grande júri federal em Alexandria, estado da Virgínia. 

A acusação decorre de um depoimento de Comey ao Comité Judiciário do Senado em setembro de 2020 sobre a investigação do FBI às ligações entre a campanha presidencial de Trump em 2016 e a Rússia. 

O Departamento de Justiça abriu também uma investigação contra o ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, o senador democrata da Califórnia, Adam Schiff, que promoveu o processo de destituição pelo Congresso, após o assalto ao Capitólio em janeiro de 2021, do agora reeleito Presidente. 

Depois de várias vezes se ter referido em público a James e outros como indivíduos contra os quais o Departamento de Justiça deveria mover processos, em setembro Trump pressionou publicamente a procuradora-geral, Pam Bondi, manifestando surpresa na sua plataforma Truth Social pelo facto de Comey ainda não ter sido acusado. 

Na quarta-feira, Comey afirmou-se inocente de prestar falsas declarações e obstrução da justiça, de que foi acusado após investigar alegadas ligações entre a campanha eleitoral em 2016 do Presidente norte-americano, Donald Trump, e a Rússia. 

A declaração de inocência foi apresentada pela equipa de defesa de Comey durante a sua audiência no tribunal federal de Alexandria, Virgínia, onde também solicitou um julgamento com júri, marcado para 05 de janeiro. 

Em concreto, é acusado de negar, em resposta à pergunta de um senador, que tinha autorizado o seu adjunto a ser citado anonimamente nos meios de comunicação social sobre investigações delicadas conduzidas pelo FBI. 

Donald Trump celebrou na Truth Social o anúncio da acusação de James Comey, que considera "um dos piores seres humanos" que o país já conheceu. 

Leia Também: Ex-diretor do FBI afirma-se inocente de falsas declarações em caso que liga Trump à Rússia

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