Procurar

As sete guerras que Trump afirma ter resolvido na corrida ao Nobel da Paz

O acordo sobre Gaza alcançado entre Israel e o Hamas é um ponto diplomático na corrida do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao prémio Nobel da Paz, que será anunciado na sexta-feira em Oslo, Noruega.

As sete guerras que Trump afirma ter resolvido na corrida ao Nobel da Paz

© MANDEL NGAN/AFP via Getty Images

Lusa
09/10/2025 18:50 ‧ há 9 horas por Lusa

Mundo

Pontos Essenciais

O líder republicano, que anseia pelo prémio desde que foi conquistado pelo então presidente dos Estados Unidos Barack Obama, em 2009, afirma ter resolvido sete guerras, embora especialistas apontem que Trump não promoveu nenhum tratado formal de paz e que, em vários desses conflitos, apenas foram alcançadas tréguas frágeis.

 

Além disso, prosseguem as negociações para pôr fim às guerras em Gaza e na Ucrânia, as suas duas grandes promessas.

"Não acho que ninguém na história tenha resolvido tantas [guerras], mas talvez encontrem uma desculpa para não me dar [o Nobel]", afirmou hoje o Presidente norte-americano.

Estes são os conflitos que Trump afirma ter resolvido, segundo um trabalho da agência de notícias espanhola EFE:

Arménia e Azerbaijão

Trump patrocinou em agosto, na Casa Branca, a assinatura de um acordo entre os líderes da Arménia e do Azerbaijão, nações que estão em conflito há mais de três décadas sobre o enclave de Nagorno-Karabakh, no qual ambos se comprometeram a cessar as hostilidades e restabelecer relações diplomáticas, embora não tenha sido um acordo de paz final.

A base do pacto é a criação de um corredor de trânsito chamado "Estrada Trump para a Paz", que liga o Azerbaijão ao seu enclave de Nakhchivan através do território arménio, e no qual os Estados Unidos obtiveram direitos exclusivos para desenvolver o corredor.

Trump referiu-se recentemente a este conflito como opondo o 'Aberbaijão', enganando-se no nome do país do Cáucaso, e a Albânia, país europeu que confundiu com a Arménia.

República Democrática do Congo e Ruanda

A República Democrática do Congo (RDCongo) e o Ruanda assinaram em junho o Acordo de Washington, promovido pela administração Trump, para pôr fim ao conflito armado no leste da RDCongo devido à presença do grupo rebelde M23, que, segundo as Nações Unidas, é apoiado pelo Ruanda.

Embora o acordo estabeleça um cessar-fogo imediato, combates continuam e tanto a ONU como a organização internacional Human Rights Watch denunciaram que o M23 continua a perpetrar execuções extrajudiciais em áreas rurais.

O pacto também inclui uma vertente económica, concedendo aos Estados Unidos acesso preferencial a minerais estratégicos na região.

Índia e Paquistão

A Índia e o Paquistão comprometeram-se em maio, após mediação dos Estados Unidos, a travar a escalada militar na zona fronteiriça de Caxemira, após vários confrontos que provocaram uma centena de mortos.

Trump marcou um ponto ao anunciar o cessar-fogo entre duas potências nucleares historicamente beligerantes, embora a Índia tenha negado o papel mediador de Washington, enquanto o Paquistão elogiou a gestão do líder norte-americano e pediu o Prémio Nobel para ele.

Israel e Irão

Em vez de atuar como mediador, Trump juntou-se aos ataques de Israel a instalações nucleares iranianas em julho, bombardeando três centros. Após 12 dias de troca de ataques entre Israel e Irão, o Presidente norte-americano republicano anunciou uma trégua entre os dois países.

Apesar do anúncio, houve alguns ataques esporádicos e, embora tenha sido alcançada uma cessação temporária das hostilidades, o conflito subjacente entre Israel e o Irão, arqui-inimigos desde o estabelecimento da República Islâmica em 1979, continua em curso.

Camboja e Tailândia

Após uma escalada violenta na fronteira entre o Camboja e a Tailândia, que causou 50 mortos e centenas de milhares de deslocados, ambos os países concordaram com um cessar-fogo sob pressão dos Estados Unidos.

Trump foi fundamental para ameaçar impor tarifas aos dois países se não travassem os combates. No entanto, desde que selaram a trégua na Malásia, ambos os lados se acusaram mutuamente de violar o acordo.

Egito e Etiópia

Egito e Etiópia não estão em guerra, mas têm fortes tensões sobre a construção da Grande Barragem do Renascimento Etíope, o maior projeto hidrelétrico da África, inaugurado por Adis Abeba no Nilo Azul em setembro, e que tanto o Egito quanto o Sudão consideram uma ameaça à sua segurança hídrica.

Trump sustenta que, durante as negociações promovidas no seu primeiro mandato (2017-2021), evitou uma guerra, embora em julho passado tenha admitido que a barragem "se tornou um problema muito sério" e instado as partes a "encontrarem uma solução".

Sérvia e Kosovo

Trump facilitou em 2020, durante o seu primeiro mandato, um acordo de normalização económica entre a Sérvia e o Kosovo, embora não tenha resolvido uma guerra ativa, uma vez que tal conflito não existia.

O conflito entre os dois terminou em 1999, muito antes de Trump chegar à Casa Branca, mas o confronto político persiste, uma vez que a Sérvia não reconhece a independência que o Kosovo declarou unilateralmente em 2008.

Leia Também: Trump anuncia viagem ao Egito para assinar acordo de paz em Gaza

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10