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Espanha "ainda muito longe" de participar em força de paz em Gaza

Espanha está "ainda muito longe" de participar numa eventual missão militar para manutenção de paz na Faixa de Gaza e só o fará se houver "um mandato claro" das Nações Unidas, disse hoje o Governo.

Espanha "ainda muito longe" de participar em força de paz em Gaza

© Hassan Jedi/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/10/2025 17:44 ‧ há 1 dia por Lusa

"Estamos ainda muito longe disso. Nem sequer se colocou algo assim. Espanha sempre esteve disponível para participar em forças de manutenção de paz que têm um mandato claro", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Espanha, José Manuel Albares.

 

O ministro deu como exemplo a participação de forças espanholas, no Médio Oriente, na FINUL, a força da Organização das Nações Unidas (ONU) no sul do Líbano.

O MNE espanhol respondia a perguntas de jornalistas à chegada à reunião ministerial que se celebra hoje em Paris para debater "modalidades de um compromisso coletivo" para "operacionalizar" um Estado palestiniano, numa iniciativa criticada pelo Governo israelita.

Entre os assuntos em debate estão a força internacional de estabilização, a governação transitória de Gaza, a ajuda humanitária e a reconstrução, o desarmamento do Hamas, o apoio à Autoridade Palestiniana e às forças de segurança palestinianas, avançou a agência France-Presse (AFP) citando fontes diplomáticas.

Os ministros querem também mostrar "o seu apoio" ao plano proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

A reunião, uma continuação da iniciativa franco-saudita para a solução de dois Estados (Israel e Palestina), conta com a participação dos responsáveis pela diplomacia da União Europeia, Alemanha, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Turquia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Jordânia.

Donald Trump anunciou durante a madrugada de hoje, através de rede social Truth Social (que o republicano detém), que o grupo islamita radical Hamas aceitou a primeira fase do seu plano de paz para o território palestiniano da Faixa de Gaza, que libertará os restantes reféns israelitas, e por Israel, que retirará as suas forças para uma zona demarcada.

As autoridades francesas tinham anunciado, na quarta-feira, que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, responsável pela diplomacia dos Estados Unidos, estaria no encontro de hoje em Paris, o que acabou por não acontecer.

O MNE espanhol retirou importância a esta ausência.

"Não há qualquer interpretação a fazer. Estamos aqui hoje europeus, árabes e, neste momento, é preciso reconhecer e felicitar também os Estados Unidos e o que fizeram esta manhã", disse José Manuel Albares.

Os Estados Unidos "fizeram uma mediação importantíssima em conjunto com o Qatar, a Turquia e outros países para conseguir esse princípio de acordo entre o Hamas e Israel. E, portanto, neste momento, imagino que a sua atenção [de Rubio] estará centrada no Cairo", onde decorreram as negociações, disse Albares.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi iniciada quando o grupo islamita radical Hamas, que controla este território palestiniano desde 2007, atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.

Leia Também: Presidência israelita admite visita de Trump a Israel no domingo

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