"O mundo está a testemunhar um momento histórico que personifica o triunfo da vontade de paz sobre a lógica da guerra", escreveu Abdel Fattah al-Sisi, na rede social Facebook.
O acordo foi alcançado na noite de quarta-feira, após vários dias de contactos indiretos entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, mediados pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
"Em Sharm el-Sheikh, cidade de paz e berço do diálogo e do entendimento, chegou-se a um acordo para estabelecer um cessar-fogo e pôr fim à guerra em Gaza após dois anos de sofrimento e adversidade, de acordo com o plano de paz proposto pelo [Presidente norte-americano, Donald] Trump e sob os auspícios do Egito, do Qatar e dos Estados Unidos", salientou.
Este acordo "não só encerra o capítulo da guerra, mas também abre a porta à esperança para os povos da região de um futuro definido pela justiça e estabilidade", acrescentou Al-Sisi.
O acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto por Trump, foi anunciado na quarta-feira à noite.
Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 prisioneiros palestinianos.
O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques do Hamas a Israel, em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), considerados credíveis pela ONU.
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