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Eurodeputados votam hoje duas moções de censura à Comissão Europeia

O Parlamento Europeu (PE) vai deliberar hoje sobre duas moções de censura à Comissão Europeia, mas as duas deverão ser chumbadas por falta de acolhimento dos principais grupos políticos representados no hemiciclo.

Eurodeputados votam hoje duas moções de censura à Comissão Europeia

© Reuters

Lusa
09/10/2025 07:35 ‧ há 9 horas por Lusa

Em menos de um ano desde que iniciou funções para um segundo mandato, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o colégio de comissários que escolheu já enfrentaram três moções de censura. A primeira desta Comissão foi em julho deste ano e foi rejeitada com 175 votos a favor, 360 contra e 18 abstenções.

 

Desta vez, as moções de censura foram apresentadas pelas bancadas dos Patriotas pela Europa (extrema-direita, grupo político de que faz parte o Chega) e pela Esquerda (grupo político que BE e PCP integram nos hemiciclos de Bruxelas e Estrasburgo).

Na segunda-feira, durante a discussão das moções, os Patriotas pela Europa acusaram Ursula von der Leyen e o executivo comunitário que constituiu até 2029 de levarem a União Europeia "ao abismo", classificando o acordo alfandegário alcançado com Washington, no final de julho, como a "rendição comercial" do bloco político-económico europeu.

Já a Esquerda acusou Ursula von der Leyen de cumplicidade com o "genocídio em Gaza" perpetrado por Israel nos últimos dois anos, advogando que a presidente da Comissão Europeia não tem legitimidade para continuar a exercer funções.

A presidente da Comissão Europeia defendeu-se das críticas e disse que as duas moções "são uma armadilha" para destabilizar os desígnios do projeto da União Europeia.

No entanto, as duas moções deverão estar chumbadas à partida, uma vez que os principais grupos políticos - Partido Popular Europeu (PPE, que tem a maior representação nos hemiciclos do PE), Socialistas & Democratas (S&D) e Renovar a Europa (liberais) - já rejeitaram acolher as propostas.

O quarto principal grupo representado nos plenários de Bruxelas (Bélgica) e Estrasburgo (França), os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR, na sigla em inglês, entre a direita conservadora e a extrema-direita) disse que não ia acolher a proposta da Esquerda, por "não falar de nada" sobre a União Europeia, mas aludiu à possibilidade de votar favoravelmente a proposta dos Patriotas pela Europa.

A aprovação significaria a queda de todo o executivo.

Desde as primeiras eleições europeias, em 1979, foram apresentadas até hoje nove moções de censura, mas nenhuma resultou na queda de um executivo comunitário.

Leia Também: Temido defende que voto de protesto é "de egoísmo e não conduz a nada"

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