"Incentivamos as pessoas a comparecer, especialmente a comunidade educativa, porque reivindicações como o embargo (proibição) de armas visam garantir que a sociedade espanhola não seja cúmplice deste genocídio", disse à EFE a porta-voz do grupo Marea Palestina-Educação contra o genocídio, Yusef El-Asi.
A porta-voz disse que o protesto na Faculdade de Direito da Universidade de Valladolid vai durar até sexta-feira e que o estabelecimento de ensino cedeu a sala de aula.
A Confederação Nacional do Trabalho (CNT) de Valladolid anunciou a sua participação ao protesto na rede social X.
"Fechamo-nos na Faculdade de Direito de Valladolid para exigir que o governo implemente um verdadeiro embargo de armas e quebre todas as relações de colaboração com Israel", disse a confederação.
El-Asi indicou que já ocorreram protestos noutras cidades espanholas, como Madrid e Huelva.
A porta-voz disse ainda que o grupo pró-Palestina vai persistir com as ações e aumentarão "a pressão" de todas as formas possíveis até que os seus objetivos sejam alcançados.
"Estamos certos de que os cidadãos de Valladolid têm demonstrado repetidamente a sua solidariedade para com a causa palestiniana e esperamos que o maior número possível de pessoas compareça", acrescentou El-Asi.
Na sala de aula, para além de partilharem experiências e resultados de ações semelhantes noutros locais, vários ativistas foram incentivados a cantar canções e a costurar brincos em forma de melancia, um dos símbolos utilizados para representar a Palestina.
El-Asi referiu ainda que planearam um `workshop´ de faixas, leituras de poesia e canções, bem como palestras históricas para os dias de confinamento.
A guerra em curso foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo palestiniano islamita Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 67.000 mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e um desastre humanitário sem precedentes na região.
A ONU já declarou situação de fome na Cidade de Gaza, como resultado de dois anos de guerra e de um bloqueio imposto por Israel ao território desde março.
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