Fernando Sabag Montiel, de 38 anos, que afirmou ter agido sozinho e motivado pelo seu ódio pessoal à ex-presidente peronista (esquerda), foi condenado a dez anos de prisão, que se somam a quatro anos cumpridos numa pena anterior.
A co-arguida e namorada de Montiel, Brenda Uliarte, de 26 anos, foi condenada a oito anos de prisão.
O ataque contra Kirchner, então vice-presidente, desencadeou manifestações de apoio em todo o país, incluindo uma em Buenos Aires que juntou dezenas de milhares de pessoas.
Figura dominante na política argentina nos últimos vinte anos, Kirchner foi Presidente dois mandatos consecutivos, de 2007 a 2015.
Com o também peronista Alberto Fernández na presidência, foi vice-presidente de 2019 a 2023.
Em junho, o Supremo Tribunal do país sul-americano confirmou a pena de seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua de Kirchner por corrupção enquanto Presidente.
A sentença que a condenou inicialmente, no final de 2022, já havia sido confirmada em segunda instância em 2024.
O caso diz respeito à adjudicação de contratos públicos - construção de estradas - em Santa Cruz, durante os seus mandatos presidenciais.
'Justiça. Fim', comentou na altura o Presidente ultraliberal Javier Milei, na sua conta na rede social X, logo após ter sido conhecida a decisão do Supremo Tribunal da Argentina.
Cristina Kirchner, que nega qualquer irregularidade, tem denunciado consistentemente a "perseguição política e judicial" durante estes processos, alegando que têm o objetivo de a "banir" da política.
Solicitou formalmente o cumprimento em prisão domiciliária da pena de seis anos de cadeia confirmada pelo Supremo Tribunal do país sul-americano, enquanto recorre ao Tribunal Penal Internacional (TPI), afirmaram os seus advogados.
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