Numa altura em que se assinalam os dois anos sob o ataque do Hamas contra Israel, a 7 de outubro de 2023, recordam-se algumas das vítimas do ataque ao Festival Supernova.
Entre as milhares de vítimas havia vários cidadãos portugueses, entre eles Karina Pritika, que tinha apenas 23 anos, segundo noticiou a SIC Notícias na terça-feira.
A jovem, nascida em Lisboa, na Maternidade Alfredo da Costa, cedo regressou a Israel, mas sempre com orgulho das suas raízes.
Assim o recorda o seu pai, em entrevista à estação de televisão, indicando que estava na capital portuguesa, a trabalhar para a embaixada de Israel, quando a filha mais velha nasceu. Regressou à terra dos pais com apenas um ano e meio.
Karina Pritika tinha 23 anos, um grande coração e grandes sonhos. Nasceu em Portugal e cedo emigrou para Israel ainda criança, crescendo em Rosh HaAyin. Fazia ginástica artística e chegou a representar Israel em competições desportivas. Serviu Israel de forma brava e lutou pelos… pic.twitter.com/W1VQHDH8ZE
— Israel em Portugal🇮🇱🇵🇹 (@IsraelinPT) September 29, 2025
"Na escola, ela tinha muito orgulho de dizer que tinha nascido em Portugal e eu costumava dizer-lhe que Portugal é um país muito bonito", recorda, revelando que prometera à filha regressarem a Lisboa para ela conhecer a cidade onde tinha nascido.
Esse plano nunca chegou a ser concretizado.
O ataque do Hamas
Katrina foi morta com um tiro na cabeça por membros do Hamas, quando tentava fugir do festival de música na localidade de Kibbutz Re’im. A jovem ainda conseguiu sair de carro do local, com mais dois amigos, mas acabou por ser vítima de uma emboscada, a vários quilómetros de distância do local do ataque inicial.
"A Karina foi morta com um tiro na cabeça. Teve morte imediata", revela o pai.
Nas redes sociais, nas últimas semanas proliferaram várias mensagens de lembrança e homenagem à jovem, que todos recordam como sendo alguém que "levava luz a qualquer sítio que fosse".
Netanyahu promete cumprir objetivos do conflito
O ataque do Hamas a Israel aconteceu a 7 de outubro de 2023, e na senda deste foram mortas 1.200 pessoas e outras 250 foram feitas reféns.
O grupo governa, de forma autocrática, a Faixa de Gaza desde 2006, quando foi eleito por uma população que vive há longas décadas um conflito com Israel. Aliás, desde a formação do Estado israelita, em 1948 (como resultado da II Guerra Mundial e da perseguição a judeus), têm existido diversos confrontos armados, levando à morte de milhares.
A guerra declarada por Israel a 7 de outubro de 2023 em Gaza para "erradicar" o Hamas - horas após um ataque a território israelita com cerca de 1.200 mortos e 251 reféns - fez, até agora, pelo menos 67.173 mortos (incluindo mais de 20.000 crianças) e 169.780 feridos, na maioria civis, segundo números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Esta terça-feira, e no âmbito dos dois anos de guerra, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu que todos os objetivos da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza serão alcançados, a começar pelo "regresso de todos os reféns".
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