"Trump e Rubio estão a pressionar por uma mudança de regime na Venezuela. O povo norte-americano não quer outra guerra e o Congresso não pode permitir que nenhum presidente inicie uma, ilegal ou unilateralmente. Não é assim que a Constituição funciona", declararam os democratas do comité de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, na rede social X.
O Partido Democrata republicou ainda uma reportagem exclusiva do jornal norte-americano The New York Times, em que Trump ordenou o cancelamento dos contactos diplomáticos com o governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Os contactos com a Venezuela foram liderados até então pelo enviado especial norte-americano, Richard Grenell, devido à falta de relações diplomáticas formais, abrindo caminho para uma escalada militar com a Venezuela.
No final de agosto, os EUA iniciaram um destacamento militar, um grupo de tropas enviado para uma missão específica, em grande escala nas Caraíbas, na costa e nas ilhas Venezuelanas sob o pretexto de combater o narcotráfico.
A operação foi fortemente criticada pelo governo de Nicolás Maduro, que defendeu ser uma ameaça e uma possível introdução para um ataque contra a Venezuela.
Nas últimas semanas, as forças norte-americanas destruíram vários alegados barcos de droga nas Caraíbas, matando cerca de 20 pessoas.
Trump justificou a operação declarando que o país está num "conflito armado" contra os cartéis de droga.
Os EUA acusam ainda Nicolás Maduro de liderar o Cartel dos Sois, um grupo de tráfico de droga.
A administração de Trump anunciou também, em setembro, uma recompensa de 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros) por informações que levem à captura de Maduro.
O líder da Venezuela denunciou a presença militar norte-americana junto à costa venezuelana e negou qualquer ligação com o narcotráfico.
Em setembro, Maduro apelou à população para que se aliste na milícia, um corpo altamente politizado, criado pelo falecido presidente Hugo Chávez, assim como anunciou um plano de defesa e o envio de 25.000 membros das forças armadas para as fronteiras.
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