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Maduro diz que responsáveis por planear ataque a embaixada estão nos EUA

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que os responsáveis por planear um atentado contra a embaixada dos EUA em Caracas estão em território norte-americano, e que Washington foi informado da sua identidade e localização.

Maduro diz que responsáveis por planear ataque a embaixada estão nos EUA

© Lusa

Lusa
08/10/2025 06:07 ‧ há 16 horas por Lusa

"Foram tomadas as medidas de segurança pertinentes, porque respeitamos o direito internacional (...) o deputado Jorge Rodríguez informou os nomes, apelidos e localização das pessoas responsáveis, que a partir dos Estados Unidos prepararam esse atentado à embaixada dos EUA em Caracas", disse Maduro na terça-feira.

 

O dirigente venezuelano falava durante um encontro com embaixadores da Rússia e da China, transmitido pela televisão estatal, durante o qual precisou que os dados sobre os responsáveis por planear o ataque foram entregues na segunda-feira ao adido da missão diplomática dos EUA em Bogotá na Colômbia, John McNamara.

"Os EUA têm toda a informação e, se necessário, torná-la-emos pública. Por motivos de prudência, informamos oficialmente o Governo dos Estados Unidos, para que façam as investigações e procedam à captura imediata dos terroristas que estão lá mesmo, nos Estados Unidos", disse.

Nicolás Maduro frisou ainda que "seria aconselhável que os organismos competentes dos EUA investigassem com seriedade esta informação" que foi "dada de boa-fé pelo Governo bolivariano da Venezuela".

Por outro lado, desvalorizou um eventual distanciamento diplomático entre Washington e Caracas, após o envio de tropas norte-americanas para as Caraíbas de tropas para combater o narcotráfico.

"Eles divulgam a notícia de que não têm relações diplomáticas connosco. Nós também não temos convosco. Que não têm vias diplomáticas connosco, nós também não temos convosco", disse.

No entanto, frisou que "os gringos negam ter contacto com Caracas para ignorar que lhe entregaram os nomes dos terroristas" e advertiu que se esse atentado tivesse ocorrido, teria sido "um incidente grave".

A Venezuela denunciou, na segunda-feira, planos de "setores extremistas da direita local" para levar a cabo um atentado com explosivos contra a embaixada norte-americana em Caracas, onde alguns venezuelanos acreditam estar refugiada a líder da oposição Maria Corina Machado.

"Quero anunciar que, por três vias diferentes, alertámos o Governo dos Estados Unidos sobre uma grave ameaça: através de uma operação de bandeira falsa preparada por setores extremistas da direita local, está a ser feita uma tentativa de colocar explosivos letais na embaixada", escreveu o presidente do parlamento, Jorge Rodríguez no Telegram.

Entretanto, através do programa radiofónico e televisivo "Com Maduro +" o Presidente da Venezuela disse que graças ao trabalho do "sistema de informação e inteligência que tem dado muito bons resultados há muitos anos", foi possível "comparar e seguir o rasto das conversas entre os planificadores da ação terrorista".

"É uma operação típica de bandeira falsa [que parece ser o que não é], de provocação para criar um escândalo e culpar o Governo bolivariano, e iniciar uma escalada de confrontos em que não haverá perguntas, mas apenas o barulho das metralhadoras e mísseis", disse.

Nas últimas semanas têm circulado mensagens nas redes sociais locais avançando que a líder da oposição Maria Corina Machado, que está na clandestinidade desde as eleições presidenciais de julho de 2024, estaria refugiada na embaixada dos EUA em Caracas.

A Embaixada dos EUA em Caracas está encerrada desde janeiro de 2019, depois de Nicolás Maduro romper relações com Washington, que acusou de apoiar uma tentativa de golpe de estado para impor um governo de facto, ao reconhecer o ex-presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, como "presidente interino" do país.

As tensões entre a Venezuela e os EUA aumentaram em agosto, depois de Donald Trump ter enviado navios de guerra para as Caraíbas, citando a luta contra os cartéis de droga da América Latina.

Leia Também: Venezuela denuncia planos de grupo extremista para atacar embaixada dos EUA

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