"Não descansaremos, não permaneceremos em silêncio até que os 48 reféns regressem a casa", afirmou Herzog numa mensagem na sua conta na rede social X.
Israel, adiantou, retira força "das profundezas da dor" porque a história do país é de resiliência: "De pessoas que nunca desistem (...) nem deixam de acreditar que a luz vencerá as trevas".
O chefe de Estado recordou ainda "a coragem dos soldados, o heroísmo dos cidadãos e a unidade do povo israelita".
O ataque do movimento extremista palestiniano Hamas em outubro de 2023 contra Israel matou 1.219 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.
Os militantes do movimento, considerado terrorista pelos países ocidentais, fizeram ainda 251 reféns, 47 dos quais permanecem em Gaza. Destes, o exército israelita afirma que 25 morreram.
A ofensiva retaliativa israelita matou mais de 67 mil palestinianos nos últimos dois anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde em território controlado pelo Hamas, que as Nações Unidas consideram credíveis.
Israel acusa o Hamas de usar civis palestinianos como escudos, escondendo os seus guerrilheiros entre a população e em edifícios civis, incluindo escolas e hospitais.
Na sua mensagem, Herzog expressou gratidão pelas mensagens de solidariedade recebidas de todo o mundo e estendeu a sua "gratidão especial" ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelos seus "incríveis esforços" para libertar os reféns e "trazer a paz ao Médio Oriente".
O aniversário do ataque do Hamas acontece numa altura em que delegações de Israel e do movimento islamita estão a negociar no Egito para implementar a primeira fase do plano de Trump, que estipula a libertação de todos os reféns em Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinianos.
"Rezo pelo sucesso dos seus esforços e dos das equipas de negociação", disse Herzog.
Acrescentou que o seu país continua a ser "um farol de liberdade e democracia numa região turbulenta" e manifestou a sua convicção por "uma nova era de cooperação e prosperidade" após estes últimos dois anos, apesar do crescente ostracismo internacional sofrido por Israel pela ofensiva em Gaza.
O segundo aniversário do ataque do Hamas a Israel, que desencadeou conflitos que ceifaram dezenas de milhares de vidas e espalharam violência no Médio Oriente, foi hoje marcado por protestos contra a guerra em Gaza.
As embaixadas norte-americanas em toda a Europa alertaram os seus cidadãos para se manterem vigilantes, citando potenciais ameaças e protestos.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, criticou os protestos pró-palestinianos planeados nas universidades de todo o país para hoje, considerando-os "antibritânicos".
Num artigo do jornal The Times, Starmer alertou que tais manifestações correm o risco de alimentar o discurso de ódio e o antissemitismo.
A intervenção de Starmer ocorre dias depois de um cidadão naturalizado de origem síria ter atacado a Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, em Manchester. No atentado, dois homens foram mortos e outros três ficaram gravemente feridos.
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