"Hoje passam dois anos dos terríveis atentados perpetrados pelo Hamas. É um dia para reiterar a nossa rotunda condenação do terrorismo em todas as suas formas. Para pedir a libertação dos reféns israelitas. E para exigir a Netanyahu que pare o genocídio do povo palestiniano e abra um corredor humanitário", disse Pedro Sánchez, que se referia ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"O diálogo e a consolidação dos dois Estados [Israel e Palestina] são a única solução possível para pôr fim ao conflito e conseguir um futuro de paz", acrescentou o líder do Governo de Espanha, numa mensagem publicada na rede social X.
Em 07 de outubro de 2023, milícias lideradas pelo Hamas, grupo terrorista que controla o território palestiniano da Faixa de Gaza, realizaram ataques sem precedentes no sul de Israel há dois anos, durante os quais assassinaram cerca de 1.200 pessoas e raptaram 251 que levaram como reféns para Gaza.
O exército israelita respondeu com uma ofensiva contra o Hamas no enclave controlado pelo grupo extremista desde 2007, que provocou mais de 67.100 mortos em dois anos e originou a acusação de genocídio contra Israel.
Representantes do Hamas e de Israel iniciaram na segunda-feira, no Egito, negociações indiretas sobre um plano proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com o conflito.
O plano, de 20 pontos, prevê a libertação dos reféns ainda em Gaza, um cessar-fogo, o desarmamento do Hamas, a retirada das tropas israelitas e uma administração internacional transitória da Faixa de Gaza.
Nestes dois anos, o governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, foi dos primeiros e dos mais contundentes a criticar a ofensiva de Israel em Gaza, que o próprio primeiro-ministro qualifica como um genocídio.
Espanha foi também um dos primeiros países a reconhecer o Estado da Palestina neste período, em maio de 2024.
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