Os confrontos ocorreram quando estão estagnadas as negociações entre as autoridades sírias e os curdos - uma minoria que controla grande parte do nordeste da Síria -- sobre a integração das instituições curdas no Estado sírio.
Pelo menos um membro das forças de segurança interna e um civil foram mortos na noite de segunda-feira em atentados atribuídos pelos meios de comunicação estatais às forças curdas nos bairros de Sheikh Maqsoud e Ashrafieh, em Alepo.
A televisão estatal anunciou na madrugada de hoje que a violência tinha cessado. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) confirmou que a calma tinha regressado à cidade.
O Sheikh Maqsoud e o Ashrafieh são controlados por unidades curdas locais ligadas às Forças Democráticas Sírias (FDS) e às suas forças de segurança, os Assayish.
De acordo com a agência noticiosa oficial SANA, citando um responsável de segurança, "um membro das forças de segurança interna foi morto e outros quatro ficaram feridos num ataque das FDS a postos de controlo de segurança no bairro de Sheikh Maqsoud, em Alepo".
A mesma fonte disse que um civil foi também morto num bombardeamento curdo e que outros ficaram feridos, incluindo "mulheres e crianças".
As FDS negaram qualquer ataque às forças de segurança governamentais, acusando as fações pró-Damasco de cercarem bairros curdos e de tentarem avançar "com tanques". Alegaram que os moradores pegaram em armas "juntamente com as forças de segurança interna" (Assayish) para se defenderem.
As novas autoridades em Damasco e as FDS chegaram a acordo em março para integrar as instituições civis e militares da administração autónoma curda nas instituições nacionais.
No entanto, divergências significativas entre as duas partes atrasaram até agora a implementação deste acordo. A última reunião de alto nível entre as duas partes aconteceu em agosto passado.
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