"Apelamos a todas as partes para que participem de forma construtiva nas conversações em Sharm el Sheikh [no Egito], no contexto do plano apresentado pelo Presidente Donald Trump. Este momento deve ser aproveitado para abrir caminho a uma paz duradoura na região, com base na solução de dois Estados", publicaram António Costa e Ursula von der Leyen, numa mensagem conjunta publicada no X.
No dia em que se assinalam dois anos do início da guerra na Palestina entre Israel e o grupo islamita Hamas devido ao ataque terrorista deste último, os dois responsáveis europeus indicaram que "a libertação imediata de todos os reféns e um cessar-fogo estão agora ao alcance".
"Esta oportunidade não deve ser perdida", apelaram.
We will never forget the horror of the Hamas attacks on 7 October and the pain they caused to innocent victims, their families and the entire people of Israel, two years ago.
— António Costa (@eucopresident) October 7, 2025
We honour their memory by working tirelessly for peace.
The immediate release of all hostages and a…
Na publicação, Costa e Von der Leyen assinalaram ainda a data: "Nunca esqueceremos o horror dos ataques do Hamas em 07 de outubro e a dor que causaram às vítimas inocentes, às suas famílias e a todo o povo de Israel, há dois anos. Honramos a sua memória trabalhando incansavelmente pela paz".
Dois anos após o ataque do Hamas em Israel e o início da ofensiva israelita em Gaza, com dezenas de milhares de mortos, reavivam-se esperanças de um acordo de paz, impulsionado pelo Presidente norte-americano.
Donald Trump apresentou um plano de paz com 20 pontos, que teve o aval do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enquanto o Hamas aceitou alguns elementos, mas quer negociar outros.
As negociações estão a decorrer, de forma indireta, no Egito, que tem sido um dos mediadores, a par do Qatar e dos Estados Unidos.
Na madrugada de 07 de outubro de 2023, milícias palestinianas lideradas pelo Hamas atacaram várias localidades e uma multidão de pessoas num festival de música, enquanto eram lançados milhares de foguetes contra Israel, causando cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, e 251 reféns.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, líder de um governo de coligação com a extrema-direita e ultraortodoxos religiosos, proclamou que Israel estava em guerra e prometeu aniquilar o Hamas, que responsabilizou pelo pior massacre de judeus depois do Holocausto.
A ofensiva israelita, que começou no mesmo dia, causou até agora mais de 67 mil mortos e 170 mil feridos, segundo o governo do Hamas, que controla Gaza desde 2007. As Nações Unidas consideram estes dados como fidedignos.
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