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Equipa da Flotilha denuncia que ativistas não estão a receber medicamentos

Os advogados que representam os ativistas da Flotilha Global Sumud em Israel relataram que muitos deles não estão a receber tratamento médico vital, alertando que entre os detidos estão doentes com cancro, doenças cardíacas e hipertensão.

Equipa da Flotilha denuncia que ativistas não estão a receber medicamentos

© Global Sumud Flotilla/Anadolu via Getty Images

Lusa
05/10/2025 14:37 ‧ há 1 dia por Lusa

"Até ontem [sábado], foi-lhes negado o tratamento médico e os medicamentos de que necessitavam, incluindo receitas essenciais" para várias doenças, como hipertensão, doenças cardíacas e cancro, explicou o grupo de advogados Adalah, num comunicado hoje divulgado.

 

Os advogados puderam visitar mais de 80 ativistas e assistir a audiências realizadas na prisão de Ktzi'ot, no coração do Deserto do Negev, em Israel, e relataram deficiências no fornecimento de bens essenciais como água e alimentos.

De facto, segundo os advogados, "alguns ativistas não receberam qualquer alimentação" desde a sua detenção em águas internacionais, entre 01 e 02 de outubro.

"Estão a ser mantidos em celas sobrelotadas e alguns tiveram de dormir no chão em condições insalubres", explicou o grupo.

Segundo os defensores, alguns dos ativistas foram interrogados por indivíduos não identificados e outros relataram "maus-tratos e abusos" por parte dos guardas prisionais. Além disso, outros alegaram ter sofrido "violência física" e pelo menos um deles sofreu ferimentos nas mãos.

Os ativistas também foram vendados e passaram longos períodos algemados. Uma mulher foi forçada a remover o 'hijab' e recebeu apenas uma 't-shirt' como substituição, e outros relataram ter sido impedidos de rezar.

Além disso, pelo menos 87 dos ativistas não conseguiram ter acesso a aconselhamento jurídico e outros não foram autorizados a contactar as suas famílias por telefone.

Todas estas circunstâncias constituem "abusos graves" que representam "claras violações dos seus direitos perante o direito internacional" e que foram "documentadas" pela Adalah, além dos "maus-tratos" que atribuem aos militares e polícias que intercetaram "ilegalmente" os navios da flotilha em águas internacionais.

Entre 01 e 02 de outubro, as forças militares israelitas invadiram os mais de 40 navios da Flotilha Global Sumud, que transportavam ajuda humanitária e cerca de 500 ativistas de dezenas de países que procuravam chegar à Faixa de Gaza, apesar do bloqueio imposto por Israel.

Os navios foram intercetados em águas internacionais e levados para o porto de Ashdod, em Israel, onde foram processados por entrada ilegal no país. Alguns dos ativistas já foram deportados para os seus países de origem depois de assinarem uma declaração reconhecendo que entraram ilegalmente em Israel.

Os quatro portugueses que participaram na Flotilha Global Sumud, detidos desde quinta-feira em Israel, foram repatriados e chegarão ao fim da noite de hoje a Portugal, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Leia Também: Governo israelita nega maus-tratos a membros da flotilha sob sua custódia

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