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Primeiro-ministro da Geórgia apela ao Ocidente para que reconheça vontade do povo

O primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, apelou hoje ao Ocidente para que reconheça a vontade do povo georgiano, após a vitória do seu partido nas eleições municipais no sábado e dos distúrbios realizados pela oposição em Tiblissi.

Primeiro-ministro da Geórgia apela ao Ocidente para que reconheça vontade do povo

© Getty Images

Lusa
05/10/2025 13:26 ‧ há 5 horas por Lusa

"Estendemos a mão da amizade aos Estados Unidos e à União Europeia (UE). O nosso desejo é retomar as relações", disse Kobakhidze em conferência de imprensa.

 

O líder georgiano denunciou que "os diplomatas estrangeiros apoiaram diretamente as ações da oposição de ontem (sábado), cujo objetivo declarado era o de derrubar a ordem constitucional".

O primeiro-ministro indicou que a Geórgia está pronta para "esquecer tudo, toda a interferência estrangeira, e retomar as relações do zero".

"Durante muitos anos, o Sonho Georgiano - o partido de esquerda no poder - será responsável pelo desenvolvimento da Geórgia, assim sendo, de forma pragmática, é desejável que todos retomem as relações com o povo georgiano, o seu Governo e o partido no poder", enfatizou.

Kobakhidze enfatizou que Tiblissi está confiante de que esta tomada de posição encontre apoio, "especialmente na União Europeia, onde a maior hostilidade contra o povo georgiano vem do seu apoio ao Sonho Georgiano", partido próximo de Moscovo.

O primeiro-ministro também prometeu represálias contra a oposição, após os protestos do dia anterior, que incluíram uma tentativa de invasão do palácio presidencial por parte dos manifestantes, que foi repelida pela polícia.

"Várias pessoas já foram detidas, principalmente os organizadores da tentativa de derrubar" do governo, afirmou o líder georgiano, acrescentando: "Ninguém ficará impune (...) muitos outros devem esperar condenações".

Encorajado pelos resultados das eleições municipais, boicotadas pela oposição, nas quais o Sonho Georgiano obteve 80,79% dos votos, o chefe de Governo prometeu libertar a Geórgia de "agentes estrangeiros e grupos extremistas que agem sob instruções e com financiamento de serviços secretos estrangeiros".

Milhares de pessoas concentraram-se no sábado em Tiblissi, capital da Geórgia, para exigir a demissão do Governo, num protesto que levou as autoridades a mobilizarem um grande dispositivo policial.

Os manifestantes, que praticamente encheram a Praça da Liberdade, em frente à Câmara Municipal, agitaram bandeiras da Geórgia, da União Europeia e da Ucrânia.

As autoridades mobilizaram um grande dispositivo policial para controlar o protesto, que coincidiu com a data agendada para as eleições municipais do país, boicotadas pela oposição.

A polícia de choque usou gás lacrimogéneo e canhões de água para afastar os manifestantes que tentaram invadir o palácio Presidencial, após o protesto. Alguns grupos de pessoas, muitas com máscaras de gás, arrombaram os portões de acesso ao terreno do palácio, mas foram dissuadidos pela polícia.

Leia Também: Partido no poder na Geórgia vence eleições locais marcadas por protestos

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