Procurar

Partido no poder na Geórgia vence eleições locais marcadas por protestos

O partido no poder na Geórgia venceu no sábado as eleições locais, marcadas por uma tentativa de invasão do palácio presidencial por manifestantes pró-democracia, que foram repelidos pela polícia com gás lacrimogéneo e canhões de água.

Partido no poder na Geórgia vence eleições locais marcadas por protestos

© Lusa

Lusa
05/10/2025 06:10 ‧ há 8 horas por Lusa

O país do Cáucaso, em plena crise política, dividido entre a União Europeia (UE) e a Rússia, viu o partido Sonho Georgiano, do primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, obter mais de 80% dos votos depois de terem sido apuradas quase 75% das mesas de voto, segundo a Comissão Eleitoral.

 

Este foi o primeiro teste para o partido, acusado de procurar a aproximação a Moscovo, desde as eleições legislativas de outubro de 2024, que venceu oficialmente, mas cujo resultado é contestado pela oposição.

Dezenas de milhares de manifestantes pró-democracia, agitando bandeiras do país e da União Europeia, reuniram-se na Praça da Liberdade, na capital, Tbilissi, ao início da noite.

"Estamos aqui para proteger a nossa democracia, que o Sonho Georgiano está a destruir", explicou Natela Gvakharia, de 77 anos, à AFP.

Apesar da sua natureza local, as eleições apresentam grandes desafios políticos num contexto de pressão sobre a imprensa independente e de controlo da sociedade civil.

Segundo organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos, cerca de sessenta opositores, jornalistas e ativistas foram presos no espaço de um ano.

No sábado, os manifestantes marcharam em direção ao palácio presidencial, onde alguns tentaram entrar brevemente, sem sucesso, observou a AFP, enquanto outros ergueram barricadas e as incendiaram.

A manifestação dissolveu-se pouco depois da meia-noite.

No poder desde 2012, o Sonho Georgiano apresentou-se inicialmente como uma alternativa liberal ao ex-Presidente Mikheil Saakashvili, um reformista pró-europeu que governou o país durante quase dez anos a partir de 2004 e se exilou na Ucrânia após a sua queda.

Mas, desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022, o partido tem sido acusado de tendências autoritárias e de procurar a aproximação a Moscovo. O partido tomou medidas anti-LGBT e aprovou uma lei sobre "agentes estrangeiros", criticada pela UE. O processo de adesão da Geórgia à UE foi suspenso.

Leia Também: Milhares concentram-se na Geórgia para exigir demissão do governo

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10