"Se a situação não mudar, caminhamos diretamente para a moção de censura", afirmou numa entrevista publicada no jornal Le Parisien.
Olivier Faure queixou-se que, apesar de Sébastien Lecornu não ter maioria parlamentar, os socialistas não veem sinais de chegar a nenhum acordo sobre as fórmulas que propõem para o orçamento de 2026, contas que deverão reduzir o elevado défice público de França.
Também disse que, apesar das promessas de uma "rutura na substância e na forma", o que viram na sexta-feira, quando se encontraram com Sébastien Lecornu, foi uma "cópia e colagem" do orçamento que já tinha custado o cargo ao seu antecessor, o centrista François Bayrou, e que incluía duras medidas de austeridade.
Olivier Faure voltou a defender propostas como o "imposto Zucman" sobre os altos rendimentos, rejeitado por Sébastien Lecornu, embora o primeiro-ministro esteja a considerar aumentar os impostos sobre o património financeiro.
O dirigente alertou que o seu partido está preparado para votar uma moção de censura, mesmo "correndo o risco" de provocar uma nova dissolução parlamentar, o que os franceses não querem, depois das inesperadas eleições legislativas convocadas pelo Presidente, Emmanuel Macron, em junho do ano passado.
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