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Polícia federal dos EUA corta laços com grupo que combate extremismo

O diretor da polícia federal dos Estados Unidos anunciou que a agência irá romper laços com o Southern Poverty Law Center, grupo que há décadas vigia o extremismo doméstico e o preconceito racial e religioso.

Polícia federal dos EUA corta laços com grupo que combate extremismo

© Lusa

Lusa
04/10/2025 06:20 ‧ há 17 horas por Lusa

Na sexta-feira, Kash Patel acusou o Southern Poverty Law Center (SPLC) de se ter transformado numa "máquina de difamação partidária" e criticou-a pelo uso de um "mapa do ódio" que documenta alegados grupos antigovernamentais e de ódio dentro dos Estados Unidos.

 

O anúncio do diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI) surgiu após queixas sobre a organização não governamental por parte de alguns conservadores e aliados proeminentes do Presidente norte-americano Donald Trump.

Figuras proeminentes, incluindo o magnata Elon Musk, criticaram o SPLC esta semana por, num relatório anual sobre "ódio e extremismo", ter descrito como "um estudo de caso da extrema-direita" o grupo Turning Point, liderado pelo ativista ultraconservador assassinado Charlie Kirk.

O SPLC continua "empenhado em expor o ódio e o extremismo, enquanto trabalhamos para equipar as comunidades com conhecimento e defender os direitos e a segurança das pessoas marginalizadas", disse um um porta-voz do grupo.

Sem abordar diretamente os comentários de Patel, a mesma fonte sublinhou, num comunicado divulgado na sexta-feira, que o SPLC partilha dados com o público há décadas.

O SPLC, um grupo jurídico e de defesa, foi fundado em 1971 como órgão de defesa das minorias e dos menos privilegiados.

O anúncio surgiu dois dias depois do FBI ter rompido relações com a Liga Antidifamação, uma organização pró-Israel que Kash Patel acusou de espiar cidadãos norte-americanos.

A decisão do FBI surge depois da Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês) ter classificado como extremista o grupo Turning Point.

"Este FBI não fará parcerias com frentes políticas que se fazem passar por agências de vigilância", afirmou Patel, na quarta-feira, onde acusou a ADL de realizar "operações desonrosas de espionagem contra norte-americanos".

A ADL designou o Turning Point como um grupo de ódio com "um papel significativo na política e nas eleições republicanas".

A ADL acusou Kirk de radicalização, de promoção de "teorias da conspiração (...), de estigmatização da comunidade trans" e de promoção do nacionalismo cristão.

Após as críticas, a organização anunciou, na terça-feira à noite, a retirada imediata do glossário que esteve na origem da polémica.

A ADL alegou que, embora tivesse servido "como fonte de informação de alto nível sobre uma vasta gama de temas", "um número crescente de entradas do glossário estavam desatualizadas", com a presença de "várias entradas intencionalmente deturpadas e mal utilizadas".

Charlie Kirk foi assassinado no início de setembro enquanto falava num evento, nos Estados Unidos.

Kirk, 31 anos, defendia, entre outras convicções, a ideia de que valia a pena sacrificar as vidas de algumas pessoas, assassinadas a tiro nos Estados Unidos, para que os cidadãos norte-americanos pudessem manter o direito de possuir armas de fogo.

O ativista, pai de dois filhos, era um aliado próximo do Presidente Donald Trump, que anunciou a atribuição a título póstumo a Kirk da Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração civil do país.

O alegado assassino - um jovem branco de 22 anos - enfrenta sete acusações, entre as quais a de homicídio qualificado, um crime passível de pena de morte.

Leia Também: Câmara de Los Angeles evacuada após automóvel embater na escadaria

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