"O Egito expressa a sua esperança de que este desenvolvimento positivo leve todas as partes a assumir o nível de responsabilidade, comprometendo-se a implementar o plano do Presidente Trump no terreno, pôr fim à guerra, permitir o acesso irrestrito à ONU e libertar os reféns", defendeu o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.
A diplomacia do país árabe reiterou ainda o seu apreço pela "sábia liderança" de Trump e afirmou estar empenhado em exercer "o máximo esforço (...) para alcançar um cessar-fogo permanente, aliviar o sofrimento do povo palestiniano e reconstruir a Faixa de Gaza".
Também o Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu na sexta-feira que a libertação dos reféns e um cessar-fogo estavam próximos em Gaza, após a resposta positiva do Hamas ao plano de paz de Donald Trump.
Já o chanceler alemão, Friedrich Merz, realçou que "após quase três anos de guerra, esta é a melhor hipótese para a paz".
"O Hamas também concordou, em princípio, com o plano de paz do Presidente Trump. O governo alemão apoia firmemente o apelo do Presidente americano a ambos os lados", pode ler-se, numa publicação na rede social X.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, frisou que a posição do Hamas é um "significativo passo em frente".
"Apoiamos firmemente os esforços do Presidente Trump, que nos aproximaram mais do que nunca da paz. Temos agora a oportunidade de pôr fim aos conflitos, de os reféns regressarem a casa e de a ajuda humanitária chegar àqueles que dela tanto necessitam. Apelamos a todas as partes para que implementem o acordo sem demora", apelou ainda, garantindo que está disponível para apoiar novas negociações.
O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou hoje aceitar alguns elementos do plano de paz do Presidente norte-americano, incluindo a libertação dos restantes reféns, mas quer negociar outros pontos.
Em comunicado, o Hamas afirmou estar disposto a libertar reféns de acordo com a "fórmula" do plano, que prevê a libertação dos restantes indivíduos capturados pelo movimento no ataque a Israel há dois anos, e reiterou a sua já expressa abertura à transferência do poder para um órgão palestiniano politicamente independente.
O movimento acrescentou estar pronto para negociações imediatas para discutir os "detalhes" da libertação dos reféns, vivos e cadáveres.
Face à declaração do Hamas, Donald Trump afirmou hoje que Israel deve "interromper imediatamente" os ataques a Gaza.
Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, cerca de 40 dos quais continuam em cativeiro.
A guerra na Faixa de Gaza fez dezenas de milhares de mortos, de acordo com números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos, e um desastre humanitário que tem forçado cerca de dois milhões de residentes a deslocarem-se repetidamente dentro do enclave.
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