"O Estado do Qatar congratula-se com o anúncio do Hamas de que o plano do Presidente Trump tem a sua aprovação", destacou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari.
O Qatar elogiou ainda a disponibilidade do grupo islamita para libertar todos os prisioneiros israelitas e também apoia o apelo de Trump para um cessar-fogo imediato, de acordo com a mesma fonte.
"Ao mesmo tempo, o Estado do Qatar afirma que começou a trabalhar com os seus parceiros na mediação, a República Árabe do Egito, em coordenação com os Estados Unidos da América, para continuar as discussões sobre o plano de forma a garantir um caminho para o fim da guerra", adiantou ainda Al-Ansari, numa nota nas redes sociais.
O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou hoje aceitar alguns elementos do plano de paz do Presidente norte-americano, incluindo a libertação dos restantes reféns, mas quer negociar outros pontos.
Em comunicado, o Hamas afirmou estar disposto a libertar reféns de acordo com a "fórmula" do plano, que prevê a libertação dos restantes indivíduos capturados pelo movimento no ataque a Israel há dois anos, e reiterou a sua já expressa abertura à transferência do poder para um órgão palestiniano politicamente independente.
O movimento acrescentou estar pronto para negociações imediatas para discutir os "detalhes" da libertação dos reféns, vivos e cadáveres.
Face à declaração do Hamas, Donald Trump afirmou hoje que Israel deve "interromper imediatamente" os ataques a Gaza.
"Com base na declaração recentemente emitida pelo Hamas, acredito que estão prontos para uma PAZ duradoura", publicou Trump na rede social Truth, após o movimento palestiniano aceitar partes, mas não a totalidade, do plano proposto pelo Presidente norte-americano.
"Israel deve interromper imediatamente o bombardeamento de Gaza, para que possamos resgatar os reféns de forma segura e rápida!", adiantou.
Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, cerca de 40 dos quais continuam em cativeiro.
A guerra na Faixa de Gaza fez dezenas de milhares de mortos, de acordo com números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos, e um desastre humanitário que tem forçado cerca de dois milhões de residentes a deslocarem-se repetidamente dentro do enclave.
Leia Também: "Histórico" e o plano de paz: O encontro entre "amigo" Trump e Netanyahu