"O que nós vamos fazer é continuar a trabalhar, como temos vindo a fazer antes (...), durante o nosso mandato, vamos trabalhar para tirar da empresa o ónus da dívida", disse o administrador com a área das finanças, Saide Júnior, em declarações à imprensa, em Maputo, momentos após ser empossado para o cargo.
Embora sem avançar números, o administrador explicou que, para alcançar o objetivo, a empresa fará um plano "claro" de reestruturação da dívida, olhando para as ações mais concretas de maneira a garantir que a estatal possa "carburar" na sua plenitude.
Outra prioridade, referiu, é manter a área operacional a funcionar em pleno, pois "a empresa faz-se da área operacional e se essa área não estiver operacional, estiver a funcionar com deficiência, claramente que a empresa não existirá".
"Neste momento, a empresa de aeroportos funciona bem, mas pode melhorar", disse, acrescentando que outro desafio implica a modernização das infraestruturas de que dispõe.
A empresa também anunciou hoje que prevê concluir as obras de requalificação do Aeroporto Internacional da Beira, no centro do país, até finais deste ano, num esforço de assegurar maior concorrência a nível regional.
"Neste momento estamos a fazer um trabalho profundo no Aeroporto Internacional da Beira, estamos a trabalhar na reconstrução do terminal de cargas e acreditamos que, até final deste ano, teremos as obras terminadas e o Aeroporto Internacional da Beira a concorrer com os aeroportos que temos ao nível da região", disse a Presidente do Conselho da Administração (PCA) da Aeroportos de Moçambique, Amélia Muendane.
Com relação ao desempenho financeiro da empresa, que conta agora com cinco administradores, a mesma reportou, em junho último, ter quase duplicado os prejuízos em 2024, para 1.531 milhões de meticais (20,8 milhões de euros), quando em 2023 os prejuízos foram de 849,5 milhões de meticais (11,5 milhões de euros).
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