De acordo com dados oficiais, a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, a média de passageiros aumentou 10,9%, em comparação com agosto, e mais que duplicou em relação ao mesmo mês de 2024.
O metro ligeiro foi inaugurado a 10 de dezembro de 2019 e esse mês continua a deter o recorde, com uma média diária de 33 mil passageiros, sendo que nessa altura as viagens eram gratuitas.
Em fevereiro de 2020, com o início da cobrança de tarifas e a deteção dos primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus em Macau, a média diária de passageiros caiu para 1.100.
O metro ligeiro voltaria a registar este valor mínimo em julho de 2022, mês em que a cidade esteve em confinamento durante duas semanas devido a um surto de covid-19.
Em dezembro, começou a operar a extensão do metro ligeiro de superfície que liga Macau à vizinha Hengqin (ilha da Montanha), com 2,2 quilómetros.
Um mês antes, foi inaugurada a linha que vai até Seac Pai Van, um bairro de Coloane onde o governo de Macau construiu 60 mil apartamentos de habitação pública.
O metro ligeiro arrancou com apenas uma linha, que circulava só na ilha da Taipa, com uma extensão de 9,3 quilómetros e 11 estações, com uma frequência de dez a 15 minutos, durante quase 17 horas diárias.
A ligação do metro até à Barra, no sul da península de Macau, através do piso inferior da ponte Sai Van, começou a operar em dezembro de 2023.
Com a extensão do metro ligeiro, as autoridades preveem que o volume de passageiros atinja 137 mil pessoas por dia, em 2030.
O Governo lançou no final de 2022 os concursos para a conceção e construção da Linha Leste do metro ligeiro, que fará a ligação ao norte da península de Macau, onde se situa a principal fronteira com a China continental.
Na quarta-feira, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man, afirmou que o Governo está a planear a extensão do Metro Ligeiro com a construção da Linha Oeste, que vai passar pelo Porto Interior.
Este bairro é regularmente afetado por inundações, a última das quais em 24 de setembro, durante a passagem por Macau do supertufão Ragasa, a mais poderosa tempestade registada no planeta em 2025.
Raymond Tam sublinhou que "é necessário considerar e proceder a um planeamento e estudo de uma série de fatores que integram infraestruturas de prevenção de inundações, arruamentos periféricos, ordenamento e paisagismo".
O metro ligeiro, uma das principais obras públicas de Macau desde a transferência da administração de Portugal para a China, em 20 de dezembro de 1999, sofreu significativas derrapagens financeiras, bem como nos prazos de execução.
A primeira linha, prometida durante mais de uma década, custou 10,2 mil milhões de patacas (1,08 mil milhões de euros).
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